Harvard alerta para os riscos de comer churrasco todo final de semana

Fonte: CENÁRIOMT

Harvard alerta para os riscos de comer churrasco todo final de semana
Harvard alerta para os riscos de comer churrasco todo final de semana FOTO:PIXABAY

Quais são os os riscos de comer churrasco? Este hábito se prolifera aos fins de semana com bom tempo porque é uma forma de reunir amigos ou família à volta da mesa.

Se forem feitos em tempo hábil, nada acontece, mas se formos assíduos desse tipo de alimentação nos finais de semana, nossa saúde pode ser prejudicada.

Um estudo da Universidade de Harvard mostrou que comer carne, tanto vermelha quanto branca, cozida em altas temperaturas ou diretamente queimada pode aumentar o risco de doenças graves.

CHURRASCO E RISCO DE DIABETES TIPO 2

Depois de acompanhar milhares de pessoas por mais de doze anos, o estudo concluiu que as pessoas que comiam carne preparada em altas temperaturas apresentavam maior risco de diabetes tipo 2.

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Este é o tipo de diabetes mais comum na população e o de maior incidência, já que foi comprovado que uma porcentagem significativa se deve a fatores dietéticos .

O curioso desse estudo é que ele estabelece que o risco da doença não está tanto na quantidade de carne, mas na forma de prepará-la .

Devido à cozedura a altas temperaturas, incluem fritar ou cozer, mas ninguém escapa que a forma mais arriscada é grelhar ou grelhar, diretamente sobre o lume.

O estudo relaciona-o com a criação de substâncias pelo calor (hidrocarbonetos policíclicos) . Essas substâncias afetariam a forma como o açúcar é metabolizado a longo prazo.

OS OUTROS PERIGOS DO GRILL

Este estudo não deveria nos surpreender tanto. Há muito tempo alertamos que os alimentos geram compostos tóxicos quando são grelhados.

Os perigos de cozinhar a carne vermelha em fogo alto chegam a gerar substâncias semelhantes às da fumaça do tabaco, com riscos cancerígenos e outras doenças.

O alerta não se limita à carne. Também o pão torrado na grelha causa acrilamida, substância considerada cancerígena .

Esta substância também é provocada por outros alimentos amiláceos, como as batatas ou que são adicionados à carne, como é o caso dos chouriços e outros enchidos .

Também não devemos esquecer que substâncias dos materiais com os quais cozinhamos no churrasco, como o níquel ou o cromo da grelha, também se desprendem e grudam nos alimentos. E, finalmente, a fumaça que sai da fogueira passa para nossas vias respiratórias ou entra diretamente pelos poros da pele.

QUAIS CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS

Isso não significa que devemos nos privar de um bom churrasco. Se limitarmos a dois ou três durante o verão, estamos em um uso moderado e aceitável.

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Para isso, é conveniente seguir uma série de medidas que limitarão ao máximo todos esses riscos de que falamos.

Não é necessário cancelar os churrascos se fizer apenas dois ou três por ano

Não cozinhe com fogo direto. Evita que a carne carbonize em qualquer área. É muito melhor que a comida seja feita na grelha ou em fogo bem baixinho.

Quanto mais tempo e quanto mais baixa a temperatura, os riscos de as carnes criarem toxinas são muito menores. Além disso, é uma boa dica culinária, pois assim é possível conservar melhor o sabor.

Depois de banhado, se verificar que existem peças carbonizadas, retire-as. Não os coma.

Não perca uma salada. Para acompanhar as carnes, prepare uma generosa salada guarnecida com alface e cebola. Esses dois ingredientes bloqueiam substâncias nocivas. Nossos ancestrais, sem ter evidências científicas atuais, já sentiam seus efeitos benéficos.

COMO FAZER O CHURRASCO PERFEITO

O churrasco , como toda comida, também é uma questão de hábito e economia. O barato pode sair caro.

As churrasqueiras de baixo custo também possuem materiais mais duvidosos. Opte pelos de aço inoxidável .

A origem das carnes é mais importante do que a forma como são cozinhadas. Opte por gado que conheça sua origem e tenha pastado livremente. “ A ideia é consumir menos carne, mas de melhor qualidade ” , resume Dr. Aranceta. O presunto de bolota tem propriedades saudáveis, equivalentes até ao azeite, que nada têm a ver com os porcos que comem ração. E o mesmo vale para todas as outras carnes que comemos. Uma carne de qualidade, vermelha ou branca, tem sabor e propriedades muito diferentes de outras de origem desconhecida.

O material de combustão deve ser madeira de faia ou carvalho ou carvão vegetal. Optar por outras madeiras de pior qualidade ou mais úmidas aumenta o risco de toxinas.

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Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).