Um menino brasileiro de 9 anos teve dois dedos parcialmente amputados em uma escola de Cinfães, em Portugal, após um episódio inicialmente tratado como acidente pela instituição. Relatos da mãe indicam que o filho era alvo de bullying e teria tido os dedos prensados pela porta do banheiro por outros estudantes, levantando suspeitas de agressão motivada por xenofobia e racismo.
A repercussão do caso levou a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a cobrar esclarecimentos do Ministério da Educação português sobre possíveis atos discriminatórios em escolas do país. O presidente da Câmara Municipal de Cinfães afirmou que a direção da escola abriu um processo interno para apurar o ocorrido, enquanto a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens informou que analisará o caso conforme a legislação de proteção infantojuvenil.
No relato divulgado pela mãe, Nívea Estevam, ela afirma ter sido informada pela escola de que se tratava de um acidente. Ela acionou a polícia portuguesa para registrar denúncia, mas relata ter sido mal atendida ao mencionar a possibilidade de racismo, sendo desencorajada a relacionar o episódio à discriminação sofrida pelo filho, que é negro.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou estar disponível para prestar assistência consular, mas ressaltou que não divulga informações pessoais de cidadãos atendidos, nem detalhes sobre o suporte prestado.


















