A segurança para a 17ª Reunião de Cúpula do Brics, marcada para 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, contará com uma operação semelhante à realizada no G20 em 2023. O Comando Operacional Conjunto Redentor, que reúne Marinha, Exército e Força Aérea, apresentou o plano à imprensa, destacando a integração com diversas agências e órgãos de segurança pública.
Segundo o general de brigada Lucio Alves de Souza, os equipamentos serão praticamente os mesmos usados no G20, com apenas ajustes pontuais. Estão previstos 361 viaturas, 147 motocicletas, 68 viaturas sobre rodas, 38 blindados, dez navios, nove embarcações, oito helicópteros, três radares e seis sistemas antidrone.
Uma das novidades é a mobilização de aeronaves equipadas com mísseis, prática não vista desde os Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com o chefe do subdepartamento de Operações do Departamento de Controle de Espaço Aéreo, André Gustavo Fernandes Peçanha, os mísseis aumentam a capacidade de resposta para proteger o espaço aéreo.
Outro ponto de destaque é o uso de tecnologia antidrones, que poderá neutralizar ataques coordenados e até interferir em sinais de celulares ou de aeroportos. As Forças Armadas também atuarão na segurança das vias entre o Aeroporto do Galeão, hotéis e o local do evento, além de proteger infraestruturas críticas, garantir a segurança cibernética e atuar em defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
A Marinha será responsável pela proteção das áreas marítimas e costeiras, com o uso de veículos anfíbios blindados capazes de evacuar locais em emergências. Sobre o nível de risco do evento, Souza ressaltou que todos têm a mesma prioridade: “Basta um erro para comprometer todo o planejamento”.
Além disso, a Polícia Federal está realizando varreduras nos veículos oficiais que transportarão as autoridades, com apoio de cães farejadores, para prevenir ameaças. As inspeções se estendem a hotéis, prédios e locais de eventos.
O Brics reúne 11 membros permanentes, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia, além de países-parceiros como Belarus, Bolívia e Cazaquistão.