A Justiça de São Paulo expediu nesta terça-feira (23) o oitavo mandado de prisão contra suspeitos envolvidos no assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil e secretário da Prefeitura de Praia Grande, morto em 15 de setembro no litoral paulista. Até agora, quatro pessoas foram presas, enquanto outras quatro seguem sob investigação.
De acordo com a Secretaria de Justiça, também foram realizados novos mandados de busca e apreensão, além da coleta de novos depoimentos de testemunhas. O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) segue com as apurações para identificar todos os autores do crime.
Laudos periciais estão em análise. Uma das linhas investigativas aponta para represálias do crime organizado, sobretudo o PCC, alvo de operações conduzidas por Fontes durante sua carreira. Nos anos 2000, ele foi responsável pela prisão de líderes da facção durante ações contra roubos a bancos.
Outra hipótese é de que o assassinato esteja ligado a possíveis irregularidades na administração municipal de Praia Grande, que o secretário poderia estar prestes a denunciar.
No dia do crime, por volta das 18h, Ruy Ferraz foi emboscado próximo à prefeitura. Câmeras de segurança registraram a perseguição que terminou com seu carro capotado entre dois ônibus. Em seguida, três homens armados de fuzis saíram de outro veículo, dispararam contra o ex-delegado e fugiram pela mesma via.