Debates sobre energia nuclear ganham força entre os jovens do Brics, bloco que reúne 11 países e realiza sua cúpula no Rio de Janeiro. O diretor da Agência de Energia para a Juventude do Brics, Alexander Kormishin, destacou que muitos jovens apoiam a geração nuclear por ser considerada uma fonte limpa, tecnologicamente avançada e capaz de garantir acesso acessível e sustentável.
Em entrevista, ele explicou que os países do Brics investem no financiamento de projetos nucleares, enquanto a juventude busca soluções que equilibrem desenvolvimento e responsabilidade ambiental. O tema estará em pauta também na COP30, em Belém, prevista para novembro, onde pequenos reatores modulares, combustíveis sustentáveis e tecnologias de baixo carbono serão debatidos.
Kormishin salientou que a juventude do Brics está preocupada com uma transição energética justa, considerando os impactos sociais e econômicos da mudança de matriz em regiões ainda dependentes de fontes tradicionais. Ele lembrou que, diferentemente do G7, os jovens do Brics encaram a segurança energética com foco em acesso equitativo, investimentos e inclusão social.
O diretor afirmou que a transição para energias renováveis implica desafios, como perdas econômicas para setores tradicionais e maior vulnerabilidade para determinados grupos. Para lidar com isso, os jovens do bloco desenvolvem pesquisas, relatórios e discussões colaborativas, buscando construir uma visão conjunta e inclusiva sobre o futuro energético, respeitando as diferentes realidades nacionais.