Escola em tempo integral deve garantir jornada mínima de 35 horas semanais

Conselho Nacional de Educação define diretrizes para a jornada escolar em tempo integral, visando inclusão e equidade no ensino básico.

Fonte: CenárioMT

Salvador - 18/07/2025 - colégio estadual Pedro Paulo marques e Marques, em Salvador. Foto: Instituto Natura
Escola em tempo integral deve garantir jornada mínima de 35 horas semanais - Foto: Instituto Natura

O Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou uma resolução que estabelece a jornada mínima para escolas em tempo integral em 7 horas diárias ou 35 horas semanais. A medida, oficializada no Diário Oficial da União, orienta a implantação da educação integral com foco em equidade, inclusão, diversidade e gestão democrática.

A resolução 7/2025 abrange todas as etapas da educação básica — da educação infantil ao ensino médio — e serve como base para secretarias de educação estaduais, municipais e escolas públicas e privadas na organização e avaliação dessa modalidade.

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O Programa Escola em Tempo Integral (ETI) tem como objetivo ampliar matrículas em tempo integral, priorizando regiões com maior vulnerabilidade socioeconômica e histórico de exclusão escolar.

Além do tempo em sala, a resolução destaca que atividades como alimentação, higiene e socialização também compõem o processo educativo, devendo ser acompanhadas por profissionais capacitados. Os momentos de descanso, deslocamento e transição entre atividades precisam ser planejados, respeitando o desenvolvimento integral dos estudantes, especialmente crianças pequenas.

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Orientações para as escolas

As escolas podem funcionar exclusivamente em tempo integral ou adotar um modelo misto, com turmas em jornadas diferentes. A resolução sugere seis estratégias essenciais para a efetiva implementação da educação em tempo integral:

  • Garantia de acesso e permanência com equidade, com ações para combater evasão escolar e acolher a diversidade;
  • Gestão democrática e participativa, que envolva toda a comunidade escolar no planejamento e avaliação;
  • Articulação intersetorial e integração com territórios, promovendo parcerias com organizações locais para apoio social e comunitário;
  • Currículo integrado e avaliação contínua, que superem a divisão entre turno e contraturno e acompanhem a frequência e participação dos estudantes;
  • Valorização e formação continuada dos educadores, garantindo jornada e condições adequadas para profissionais da educação;
  • Monitoramento constante da política de educação integral, com ampla participação da comunidade escolar e transparência nos resultados.

As secretarias de educação terão até 180 dias para atualizar suas legislações locais e adequar suas políticas às novas diretrizes.

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Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.