O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) conseguiu, em segunda instância, que Bernardo Bello e o ex-policial Wagner Dantas Alegre sejam julgados pelo Tribunal do Júri pelo homicídio de Alcebíades Paes Garcia, conhecido como Bid.
O crime aconteceu na porta de casa, quando Bid retornava de madrugada dos desfiles do Grupo Especial da Marquês de Sapucaí, no Carnaval de fevereiro de 2020.
Alcebíades era irmão do contraventor Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, assassinado em 1999, e ocupava posição de destaque no jogo do bicho no Rio de Janeiro, gerando conflitos familiares violentos após sua morte.
Bernardo Bello, casado com Tamara Garcia, filha de Maninho, começou a atuar no jogo do bicho após a morte de seu sogro e do pai dela, Waldemir Paes Garcia, conhecido como seu Miro, ex-presidente da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro.
Wagner Dantas Alegre, ex-policial militar e assassino de aluguel, agiu ao lado de Fernando Bello no assassinato de Bid, segundo investigações da Delegacia de Homicídios da Capital. Ambos estão foragidos.
A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) rejeitou os pedidos das defesas de Bernardo Bello e Wagner Alegre, após sustentação oral da procuradora de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
De acordo com o MPRJ, o homicídio ocorreu dentro de uma disputa sangrenta por pontos do jogo do bicho e máquinas caça-níqueis na cidade.
A denúncia indica que Bernardo Bello ordenou e coordenou o assassinato de Bid, enquanto Wagner Alegre, seu segurança, efetuou os disparos. O crime contou ainda com a participação de seguranças de Bid, que forneceram informações cruciais.















