O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou nesta terça-feira (18) que a anulação de três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi uma medida de precaução para preservar a lisura do exame. A suspeita de vazamento será investigada pela Polícia Federal.
Segundo Santana, o Enem utiliza um banco de perguntas e realiza pré-testes com diferentes grupos de estudantes. “Houve uma divulgação de questões por uma pessoa que participou desses pré-testes”, afirmou.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que recebeu relatos sobre a antecipação de questões semelhantes às do exame.
O ministro destacou que o Enem foi realizado com sucesso e que candidatos e familiares podem ficar tranquilos. “Houve ruídos em rede social, e determinei ao Inep que apurasse imediatamente e adotasse as medidas cabíveis”, disse.
Santana reforçou que a anulação buscou garantir que nenhum participante fosse prejudicado. “Foram anuladas apenas três questões; permanecem válidos os outros 87 itens e a redação”.
As investigações sobre possíveis fraudes cabem à Polícia Federal, uma vez que o exame é de interesse público federal. O Inep, autarquia vinculada ao Ministério da Educação, coordena o Enem.
Pré-teste
O Inep utiliza a Teoria da Resposta ao Item (TRI), um modelo estatístico que avalia a dificuldade de cada questão. As perguntas passam por pré-testes com grupos de estudantes para calibrar o nível de dificuldade antes de integrar o Banco Nacional de Itens.
Participantes desses pré-testes têm contato com questões de múltipla escolha que podem aparecer em futuras edições do Enem. Apenas as questões aprovadas nos pré-testes são incorporadas ao banco e utilizadas na elaboração do exame.
O Inep adota várias estratégias para calibrar as questões e garantir a precisão e a justiça das provas do Enem.
















