Adolescente acusado de matar menina Raíssa passa por audiência em São Paulo

Fonte: TV Globo e G1 SP

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Foto: TV Globo/Reprodução

A audiência de instrução do adolescente de 12 anos acusado de matar a menina Raíssa no Parque Anhanguera, na Zona Norte de São Paulo, começou na tarde desta sexta-feira (1). A perícia concluiu que a vítima foi estuprada e morta por asfixia mecânica.

Raíssa Eloá Caparelli Dadona foi encontrada morta na tarde de um domingo, dia 29 de setembro, após desaparecer em uma festa em um Centro Educacional Unificado (CEU) municipal na região de Perus.

Um vídeo obtido pela Polícia Civil mostrou a menina andando com um adolescente de 12 anos instantes antes de ser encontrada morta. O menino passou a ser considerado suspeito, apresentou versões diferentes em depoimentos e terminou confessando o crime.

Às 14 horas desta sexta começou a audiência do garoto, que já estava em internação provisória na Fundação Casa, no Brás, no Centro da capital.

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O juiz José Souza Neto, da 1ª Vara Especial da Infância e Juventude do Fórum do Brás, ouviu 10 testemunhas e o garoto. A audiência terminou às 17h30 e a sentença não deve sair nesta sexta.

Filmes de terror

“Temos informações da maneira com que ele se inspirou para cometer essa crueldade com essa menina, temos informes de que ele assistia a inúmeros filmes de violência e de terror, não vou comentar quais os filmes, mas constam no inquérito policial”, afirmou o delegado Luiz Eduardo Maturano, da 5ª delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo Maturano, “neste período de investigação, tivemos relatórios ofertados pela escola para o Conselho Tutelar sobre comportamento inadequado, obsceno e agressivo, principalmente com meninas, em um caso ele agrediu um menino especial na turma dele.”

Peritos

Dois laudos concluíram que a menina foi espancada, estuprada violentamente e morreu sem conseguir reagir. Os documentos foram encaminhadas ao Ministério Público.

O adolescente de 12 anos está apreendido na Fundação Casa e é o único internado no estado pelo crime de homicídio.

Adolescentes eram próximos

Raíssa e o menino eram muito próximos, de acordo com a mãe da menina, Rosevânia Caparelli Rodrigues, e vizinhos no bairro do Morro Doce, Zona Norte da cidade. Os dois moravam na mesma rua, a menos de cem metros de distância.

Segundo a mãe de Raíssa, o adolescente falava pra todo mundo que a menina tinha autismo. “Minha filha era muito rígida, ela não ia com ninguém. Nem com minha irmã nem com meu cunhado. Ela confiava nele”

Amigos da família contam que os dois estavam tão apegados que a mãe de Raíssa levou o menino a um culto, junto com filha, no mês passado, em uma igreja evangélica no Jardim Britânia.