Vídeo com humilhação de estudantes é removido após denúncia ao Ministério Público

Prefeito de Cuiabá remove conteúdo após denúncia ao MP; investigação criminal segue em andamento.

Fonte: da Redação

Abílio apaga vídeo que expôs adolescentes em MT
Abílio apaga vídeo que expôs adolescentes em MT - Foto: ALMT

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), retirou de suas redes sociais um vídeo em que expôs e humilhou adolescentes de uma escola pública, após representação do deputado estadual Lúdio Cabral (PT) junto ao Mato Grosso Ministério Público.

Denúncia e remoção do conteúdo

Em agosto, Abílio publicou vídeos durante evento na Escola Estadual Alice Fontes Pinheiro, no bairro Jardim Nossa Senhora Aparecida, em Cuiabá, ridicularizando os estudantes presentes. Após a denúncia de Lúdio, a promotora Daniele Crema da Rocha de Souza, da Promotoria de Justiça de Infância e Juventude da Capital, solicitou esclarecimentos ao prefeito. A Procuradoria Geral do Município informou que o prefeito se desculpou e removeu o conteúdo das redes sociais. A promotora arquivou a notícia de fato por perda de objeto, mas a apuração criminal continua na Procuradoria Geral de Justiça.

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Acusações de cyberbullying

Lúdio Cabral afirmou que Abílio cometeu crime de cyberbullying contra os estudantes e solicitou que ele fosse responsabilizado nas esferas civil, criminal e administrativa, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo o deputado, a publicação criou um ambiente aberto de exposição vexatória e linchamento virtual, onde seguidores atacaram os adolescentes sem moderação.

O ocorrido na escola

No dia 14 de agosto, durante o evento, Abílio interagiu com estudantes que fizeram o sinal do “L”, em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O prefeito questionou os adolescentes sobre a operação matemática 4×4, e ao não obter resposta, os ridicularizou dizendo que não chegariam à faculdade e ironizando o nível educacional. O vídeo foi compartilhado com mais de 1,1 milhão de seguidores no Instagram, recebendo mais de 10 mil comentários, a maioria ofensivos aos jovens.

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O caso levanta debates sobre responsabilidade de autoridades em ambientes escolares e redes sociais. A investigação criminal segue em andamento, e especialistas destacam a necessidade de medidas de proteção e conscientização sobre cyberbullying. Comente sua opinião!

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Um criador de conteúdo e entusiasta de jogos e tecnologia, trabalha como redator no CenárioMT, é analista de TI e game designer no tempo livre.