Segundo informações apuradas pelo portal Gazeta Digital, Marcos havia saído de casa ainda pela manhã, com a intenção de realizar alguns reparos elétricos em sua propriedade rural. A rotina parecia comum, algo que ele mesmo já estava habituado a fazer. Contudo, as horas foram passando, e a ausência prolongada começou a preocupar familiares. O silêncio foi quebrado somente no dia seguinte, quando um funcionário do sítio encontrou o corpo do vereador já sem vida, vítima da suspeita de uma descarga elétrica.
A notícia se espalhou rapidamente pela cidade, deixando amigos, familiares e eleitores atônitos. Viaturas da Polícia Militar e da Politec foram acionadas para o local, a fim de realizar os procedimentos cabíveis. O clima de perplexidade tomou conta da comunidade, que ainda tenta entender como um homem tão presente e ativo pôde ser levado de forma tão repentina.
Marcos não era apenas mais um nome na política municipal. Ele era, para muitos, a voz que ecoava as demandas da população de Figueirópolis do Oeste dentro da Câmara de Vereadores. Ocupava atualmente o cargo de segundo-secretário da Mesa Diretora, posição de confiança e relevância. Seu histórico de cinco mandatos consecutivos é prova da relação de proximidade e credibilidade que mantinha com os cidadãos.
Conhecido por seu jeito simples e por estar sempre presente nos bairros e comunidades, Marcos tinha como marca a defesa de melhorias para a zona rural, além de atuar fortemente em pautas relacionadas à saúde e à educação. Seu falecimento deixa não apenas uma cadeira vazia no Legislativo, mas um vazio emocional e político difícil de ser preenchido.
Apesar da vida pública, Marcos também era reconhecido por seu perfil trabalhador. Amigos próximos confirmaram que ele costumava realizar serviços de manutenção elétrica, tanto em casa quanto no sítio da família. Essa disposição em colocar a mão na massa, sem se esconder atrás do título de vereador, é uma das características que mais aproximavam o político da população. “Ele era um homem do povo, não tinha frescura”, disse um amigo da família, emocionado.
Essa mesma postura, que o tornava admirado, acabou se transformando em cenário de uma tragédia inesperada. A imagem do vereador, que costumava enfrentar cabos e reparos como se fossem simples detalhes do cotidiano, ficará marcada agora pela fatalidade de uma descarga elétrica que tirou sua vida.
A morte de Marcos Leite de Oliveira causou comoção imediata. Nas redes sociais, mensagens de pesar não pararam de surgir. Moradores expressaram gratidão pelo legado deixado e compartilharam lembranças de momentos de convivência. Para muitos, a sensação é de perda familiar, já que Marcos transitava pela cidade com naturalidade, sempre disposto a ouvir e a ajudar.
O clima na Câmara Municipal é de luto oficial. Colegas parlamentares destacaram a dedicação do vereador e sua capacidade de diálogo, sempre buscando conciliar interesses para o bem comum. O prefeito do município também se manifestou, classificando Marcos como “um amigo leal e um político exemplar”.
Um alerta para a segurança
A tragédia que vitimou Marcos traz à tona uma reflexão necessária: a importância da segurança em serviços elétricos. Especialistas reforçam que manusear fiações e equipamentos sem a devida proteção pode ser fatal. No Brasil, segundo dados da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), centenas de pessoas perdem a vida todos os anos vítimas de acidentes elétricos.
No caso de Marcos, a fatalidade serve como doloroso lembrete de que mesmo pessoas experientes podem estar expostas a riscos. A eletricidade, invisível e silenciosa, age de forma implacável. Esse episódio reforça a necessidade de sempre contar com profissionais habilitados para esse tipo de serviço, evitando que tragédias semelhantes voltem a ocorrer.