A cidade de Sorriso, em Mato Grosso, recebe nesta sexta-feira (19) a audiência de instrução e julgamento de Jhuli Noali Zanoni, Antônio Ribeiro Laurentino Júnior e Breno Freitas da Silva, acusados de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menores e organização criminosa.
O trio está preso preventivamente pela morte de Giovanni Stephano Viotto de Oliveira, 16 anos, ocorrido em abril de 2024. O adolescente foi torturado, decapitado e a execução transmitida a membros de facção criminosa.
No início de setembro, o desembargador do TJMT negou pedido de habeas corpus da defesa de Breno, que alegava excesso de prazo na prisão. A Justiça manteve a detenção preventiva considerando a gravidade do crime e o vínculo do acusado com o Comando Vermelho.
Giovanni desapareceu em 15 de abril de 2024. Dias depois, sua motocicleta foi localizada em uma área de mata de Sorriso, e o corpo foi encontrado somente em 12 de maio, em um córrego da região, sem a cabeça. Investigações apontam que ele foi atraído para um “tribunal do crime”, agredido com pauladas e decapitado.
Um adolescente participou do crime, filmando a execução. A suposta mandante, Jhuli Noali Zanoni, foi presa em Mato Grosso do Sul e recambiada para Mato Grosso. Outro envolvido, Elinelson Monteiro Cruz, de 24 anos, morreu em confronto com a Força Tática três dias após o crime, ao manter uma família refém no bairro São José.
Na audiência de hoje, os réus serão interrogados e pelo menos 10 testemunhas devem prestar depoimento. A data do julgamento pelo tribunal do júri ainda não foi definida.
