Peritos usam drone para georreferenciamento de local onde maranhenses podem ter sido mortos

Imagens e dados obtidos serão comparados com as coordenadas geográficas das tornozeleiras eletrônicas de dois dos suspeitos

Fonte: Tita Mara Teixeira | Politec MT

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Peritos oficiais criminais da Politec realizaram, nesta sexta-feira (24/03) a perícia complementar de georreferenciamento de dados para a identificação de locais de possíveis homicídios e ocultação de cadáver de quatro maranhenses que estão desaparecidos desde o ano de 2021. Foram realizadas coletas de imagens aéreas por meio de drone nas imediações de uma residência no bairro Brasil 21, em Cuiabá.

As imagens e os dados obtidos por meio de drone serão comparados com os dados das coordenadas geográficas das tornozeleiras eletrônicas de dois suspeitos de terem cometido o crime, e poderão auxiliar a Polícia Civil na elucidação da dinâmica e na materialidade dos fatos. “Fizemos um mapeamento na parte externa e interna do imóvel. O drone vai complementar para o mapeamento aéreo do imóvel, e com isso, faremos o tratamento das imagens e  comparação com os dados contidos no relatório de duas tornozeleiras eletrônicas de dois suspeitos”, disse o perito oficial criminal Luis Paoli Schiffino Gomez.

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Na primeira perícia de georreferenciamento, realizada nesta residência em fevereiro de 2023 foi confirmado que a edificação do local existia desde o ano de 2020. Nesta perícia também foi solicitada aplicação de reagente “luminol”, onde os peritos criminais detectaram a presença de sangue no cômodo do banheiro e em um quarto. A perícia também demonstrou que haviam vestígios de gotejamentos de sangue no sentido da saída da residência.

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De acordo com o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoas, Caio Albuquerque, a perícia realizada nesta sexta-feira (24/03) é necessária frente ao avanço das investigações. “Foram solicitadas perícias complementares  de novos confrontos de dados georreferenciados para se verificar até que ponto estes dois monitorados andaram nesta edificação e em que locais eles estiveram e, eventualmente também se confere que eles estiveram dentro de um desses cômodos em que já se identificou substância análoga a sangue humano”, citou.

O delegado requisitou, ainda, a coleta do material genético das genitoras de duas das vítimas, para o confronto de DNA com o material colhido nas cenas dos crimes e inserção dos perfis no Banco Nacional de Perfis Genéticos.

Investigação

O inquérito apura os homicídios de quatro maranhensescom ocultação de cadáver e envolvimento de organizações criminosas, antecedidos de quatro sequestros.  Duas vítimas moravam em um conjunto de quitinetes no bairro Renascer. A residência foi objeto de perícia onde foi constatado um pequeno vestígio de sangue em um colchão dentro do quarto da terceira quitinete.

De acordo com as investigações um grupo criminoso praticou os crimes ordenados por uma facção, que determinou um ‘tribunal do crime’ porque julgaram que as quatro vítimas pertenciam a outro grupo rival e, desta forma, resolveram assassinar os rapazes – dois irmãos, um cunhado e um amigo.

A investigação, coordenada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, da DHPP de Cuiabá, reuniu diversas informações coletadas durante inúmeras diligências realizadas na Capital e também no estado do Maranhão, que levaram à identificação dos envolvidos na execução dos quatro rapazes.

 

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