O Ministério Público de Mato Grosso rejeitou o pedido de instauração de exame de insanidade mental para o policial militar acusado de tentativa de homicídio contra um adolescente de 17 anos, em 2018. Preso atualmente, o PM também é investigado pelo assassinato de sua esposa, que seria testemunha no processo.
Segundo a defesa, o acusado possui histórico psiquiátrico grave, com afastamentos do trabalho e diagnóstico de transtorno delirante, além de recomendações para desarmamento. No entanto, o promotor Rodrigo Ribeiro Domingues destacou que ele acompanhou o processo normalmente, sem sinais de incapacidade mental, e que os laudos apresentados são recentes, sem relação direta com o crime ocorrido em 2018.
Para o MPE, não há justa causa para instaurar o incidente de insanidade mental, pois os documentos médicos seriam unilaterais e insuficientes. O órgão se manifestou pelo indeferimento do pedido, cabendo ao juiz decidir.
O caso ocorreu em junho de 2018, quando o adolescente e dois amigos caminhavam na Avenida General Melo e teriam rido de uma discussão entre o policial e a namorada dele. O suspeito reagiu com ameaças, sacou a arma e perseguiu o grupo. Um dos adolescentes foi baleado pelas costas, precisou de cirurgia e hoje usa sonda para urinar devido à perda de sensibilidade na bexiga. O PM foi denunciado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.