Programa quer humanizar o acolhimento de crianças e adolescentes

Proposta é cadastrar famílias para oferecerem lares temporários a crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva

Fonte: CenárioMT

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Foto: Ascom Prefeitura/Andrew Aragão

Lançado nesta quinta-feira (26) pela Secretaria de Assistência Social e Habitação de Lucas do Rio Verde, o programa Família Acolhedora quer humanizar o acolhimento de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva. Com o nome ‘Aconchego – Protegendo no Presente, Construindo o Futuro’, o programa conta com apoio de diversas instituições, como o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

A secretária de Assistência Social e Habitação, Janice Ribeiro, explicou que o programa vinha sendo preparado há algum tempo e contou com a visita de servidores da pasta à Cascavel, no Paraná, referência nesse tipo de serviço iniciado em 2006.

As famílias interessadas em acolher as crianças e adolescentes deverão se cadastrar e atender uma série de requisitos estabelecidos pelo programa. As que forem selecionadas a oferecerem um lar temporário vão receber um auxílio para o atendimento às necessidades das crianças e adolescentes atendidas pela pasta. “É importante mostrar para as famílias que vão apoiar essas crianças num determinado tempo, que sempre a intenção maior é fazer com que essas crianças possam voltar para as suas famílias”.

O município tem uma instituição, a Casa Lar, que oferece o acolhimento a crianças e adolescentes cujas famílias não conseguem, temporariamente, dar o apoio necessário. “Mas teremos agora a Família Acolhedora. A partir do momento de nós estarmos com toda a equipe organizada, com as famílias já inscritas e aptas, ao invés da criança entrar para a Casa Lar, ela já entra direto para essa família acolhedora”, explicou a secretária.

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A juíza Cristiane Trombini, titular da 2ª Vara Cível, destacou a importância do programa para promover o acolhimento. “O acolhimento institucional é uma medida extrema e uma medida temporária nos casos em que a criança e o adolescente estão passando por uma situação de risco. Muitas vezes é um momento necessário para que aquela situação de risco seja retirada, do momento de dificuldade”.

A magistrada ressalta que o abrigo é o acolhimento institucional não traz, por melhor que seja, um ambiente familiar. “Que é o que o Família Acolhedora proporciona para essa criança e para esse adolescente nesse momento de dificuldade”.

O acolhimento por meio do programa pode permitir a criança e ao adolescente que estão passando por uma situação de risco, tenham o seu desenvolvimento completo, tanto cognitivo, quanto emocional e físico. Um ambiente acolhedor e familiar pode proporcionar essa perspectiva de futuro.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.