Profissionais organizam manifesto em defesa da aplicação da lei do piso da enfermagem em Lucas do Rio Verde

Ato está programado para acontecer na tarde deste domingo (11) na rotatória da Igreja Rosa Mística

Fonte: CenárioMT

lucas do rio verde aereo
(Foto: Ascom Prefeitura/Ederson Bones)

Descontentes pela suspensão da lei que institui piso nacional de enfermagem, profissionais que atuam neste segmento em Lucas do Rio Verde planejam manifesto. O ato, que cobra do Supremo Tribunal Federal a aplicação da lei, vai acontecer no final da tarde deste domingo (11) na rotatória da Igreja Rosa Mística.

A mobilização de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares, parteiras e estudantes vem acontecendo ao longo da semana. Em mensagem compartilhada nas redes sociais, os profissionais reforçam a necessidade de participação de todos.

“Domingo, às 17:00, haverá um manifesto da enfermagem na igreja Rosa Mística. Contamos com a presença de vocês todos, de preto, se quiser com seu jaleco branco, levar panela, levar cartazes, quem quiser levar faixa, vamos levar apito, fazer um barulho. É um Manifesto”, convoca a postagem. “E você, que não é da área, também está convidado a se juntar a nós! Porque se a enfermagem PARAR,VOCE VAI SER O MAIOR PREJUDICADO !!”.

Piso nacional no STF

A lei que cria o piso nacional da enfermagem foi sancionada pelo Governo Federal no inicio de agosto. A partir de então, enfermeiros deveriam passar a receber pelo menos R$ 4.750 por mês. Técnicos de enfermagem devem receber no mínimo 70% disso (R$ 3.325). Já auxiliares de enfermagem e parteiras têm de receber pelo menos 50% desse valor (R$ 2.375).

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Contudo, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a lei aprovada pelo Congresso. O ministro do STF Luiz Roberto Barroso deu prazo de 60 dias para que Estados, municípios e o governo federal informem os impactos que o texto traz para a situação financeira de cidades e estados, a empregabilidade dos enfermeiros e a qualidade do serviço de saúde.

A decisão de Barroso atende a um pedido da CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços), que afirma que a lei é “inexequível” por não considerar desigualdades regionais e cria distorção remuneratória em relação aos médicos, além de gerar o aumento do desemprego entre os enfermeiros.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.