Patrulha Maria da Penha monitora mais de 60 vítimas de violência doméstica em Lucas do Rio Verde

Ao longo do ano, 10 vítimas precisaram acionar o ‘botão do pânico’, instrumento criado no município e que permite um atendimento mais rápido em casos de violência

Fonte: CenárioMT

tatiane gcm
Foto/Arquivo Ascom

O recente caso de feminicídio ocorrido em Lucas do Rio Verde reacendeu a importância do acompanhamento de casos dessa natureza pelas autoridades. O município conta com equipes devidamente preparadas para o atendimento a vítimas de violência doméstica.

Um dos instrumentos criados em Lucas do Rio Verde é a Patrulha Maria da Penha operacionalizada por integrantes da Guarda Civil Municipal.  Ela é composta por cinco Guardas Civis que receberam treinamento para fazer o monitoramento e acompanhamento de vítimas de violência.

A pedido de CenárioMT, a Guarda Civil Municipal informou que de janeiro a dezembro foram realizados 303 atendimentos pela Patrulha Maria da Penha. Atualmente, a equipe, que é liderada pela GCM Tatiane, acompanha 66 vítimas de violência doméstica em Lucas do Rio Verde.

“É um trabalho feito principalmente nos finais de semana, faz o acompanhamento. São pessoas que estão com medida protetiva”, informou o comandante da GCM, tenente J. Lima. “Existe um núcleo montado aqui no município para este tipo de atendimento, pra evitar que situações como a registrada essa semana ocorram”.

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Botão do pânico

Em março deste ano, o município anunciou a criação do ‘botão do pânico’ destinado para atender mulheres que contam com medida protetiva decretada pela Justiça. O instrumento passou a funcionar no final de abril.

Desde que passou a funcionar o ‘botão do pânico’ passou ser usado por 56 mulheres. Elas procuraram a sede da Guarda Civil Municipal no bairro Rio Verde.

“Foi criado especificamente para nos assessorar e são poucas as cidades que contam esse dispositivo e nós contamos, juntamente com outras instituições que compõem essa rede de proteção, com esse aparato para atender essas pessoas que são vítimas de violência domestica”, assinalou.

Conforme o comandante da GCM, desde que passou a funcionar o botão do pânico foi acionado em dez ocasiões.

J Lima destaca importância do dispositivo, pois uma vez acionado, o botão do pânico envia informações sobre a vítima e o local onde ela se encontra, mesmo sem precisar ligação por voz ou envio de mensagens. “É só apertar o dispositivo que nós deslocamos a equipe, pois ao acionar o botão, nosso painel acusa essas informações”.

Plantão 24 horas

O comandante da GCM ressalta que mesmo sem o botão de pânico as pessoas podem acionar a instituição por meio do telefone 153. J Lima adianta que a comunidade também podem acionar a Policia Militar pelo 190. “A rede de proteção está imbuída, juntando forças para atender esses casos, atuando para que não ocorram”, alerta. “Não vamos medir esforços, pois é uma prioridade das forças de segurança para que não tenhamos vítimas de crime bárbaro, que é a violência doméstica”.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.