Lucas do Rio Verde registra 37 novos casos de HIV no primeiro semestre de 2019

Atualmente a Secretaria de Saúde faz o acompanhamento de 238 pacientes soropositivos

Fonte: Cenário MT/ João Ricardo

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De janeiro até o dia 15 de agosto de 2019, a Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde registrou 37 novos casos de HIV no município, pouco mais da metade do número registrado em igual período do ano passado.

Nos últimos dois anos houve um acréscimo considerável em notificações de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis). No caso do HIV (sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana) que pode provocar a Aids (uma doença crônica causada pelo vírus HIV, que danifica o sistema imunológico e interfere na habilidade do organismo lutar contra outras infecções) foram registrados em 2017 e 2018, respectivamente 87 e 67 novos casos.

Em 2015 houve 19 novos casos e em 2016 foram registradas 26 novas notificações.

Atualmente a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde faz o acompanhamento de 238 pacientes soropositivos. 67 pacientes são do sexo feminino e 171 masculino (homens 71% dos pacientes em tratamento). O levantamento feito pela Vigilância em Saúde revela ainda que 16 pacientes têm idade abaixo dos 20 anos e outros 06 acima de 60 anos.

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Os números crescentes de novos casos de infecção por HIV é preocupante, mas por outro lado, muitos diagnósticos estão acontecendo de forma precoce o que contribui para a eficácia no tratamento.

Kelly Paludo“Falar de uma IST tão importante igual ao HIV é sempre muito delicado, mas necessário. Então a gente está diagnosticando precocemente esses casos para conseguir intervir na vida desse paciente para melhorar sua qualidade de vida. O HIV hoje, ele tem tratamento e não é mais como antigamente (sentença de morte), porém, é ainda muito preocupante e muito delicado”, frisou a enfermeira Kelly Paludo, Supervisora da Vigilância em Saúde de Lucas do Rio Verde.

De acordo com a profissional, nos dias atuais, as pessoas acabam não procurando as unidades de saúde para fazer o teste rápido de diagnóstico da doença, não por falta de informação “mas sim, por medo talvez, da exposição ou não ter a confiabilidade no profissional que está realizando o exame. Esse tabu precisa ser superado, pois as equipes são treinadas para fazer o aconselhamento em total sigilo”, salientou.

Os testes rápidos são distribuídos pelo Ministério da Saúde (MS) e além de serem confiáveis, dão o diagnóstico na hora.

“Anteriormente a isso, era feito teste de sangue e muitas vezes o resultado demorava meses para sair, onde o paciente nem voltava a unidade de saúde para buscar. Essa facilidade e agilidade têm contribuído para o aumento dos números de notificações”, disse Kelly.

Os primeiros medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980. Eles agem inibindo a multiplicação do HIV no organismo e, consequentemente, evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. O desenvolvimento e a evolução dos antirretrovirais para tratar o HIV transformaram o que antes era uma infecção quase sempre fatal em uma condição crônica controlável, apesar de ainda não haver cura.

Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a aids. A boa adesão à terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais, como aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas.

“Mesmo assim, a gente tem que ter a consciência de que só prevenimos o HIV com proteção nas relações sexuais, ou seja, uso de preservativos durante as relações sexuais”, finalizou Kelly.

 

 

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