Lideranças comunitárias de Lucas do Rio Verde participam de encontro sobre economia criativa

Evento foi promovido pelo Sebrae em parceria com Poder Público, entidades e empresas do município

Fonte: CenárioMT

encontro economia criativa
(Foto: CenárioMT)

Orientar produtores e ativistas culturais sobre os caminhos para obter recursos e impulsionar negócios. Este foi um dos objetivos do Encontro de Sensibilização da Economia Criativa realizado pelo Sebrae em Lucas do Rio Verde. O Encontro reuniu lideranças comunitárias, representantes do Poder Público local e estadual.

A Economia Criativa envolve os setores da economia cuja matéria-prima é a criatividade e que necessita de políticas públicas específicas para o seu desenvolvimento. De acordo com o Ministério da Cultura, estes setores estão divididos em vários segmentos. Expressões culturais (artesanato, culturas populares, culturas indígenas, culturas afro-brasileiras, artes visuais, arte digital). Também em artes do espetáculo (dança, música, circo, teatro), audiovisual/livro/leitura/literatura (cinema e vídeo, publicações e mídias impressas). Outros segmentos são patrimônio (material, imaterial, arquivos, museus) e criações culturais e funcionais (moda, design e arquitetura)

Em tempos de modernização, transformação do mercado como um todo e a constante atualização da tecnologia, a economia passou a basear-se por diversos fatores. Não somente no crescimento econômico em valores reais, mas também na capacidade intelectual dos trabalhadores, aliada à capacidade de inovação e revolução empresarial.

“A economia criativa tem um impacto mundial muito grande, mas no Brasil não é tão explorada, apesar de que existem vários editais que liberam recursos pra isso. Só que hoje, quando a gente vai trabalhar a nível municipal, a maioria dos municípios não entende o que é, qual a abrangência, e qual pode ser o retorno financeiro”, destacou o coordenador regional do Sebrae, Renato Ícaro.

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Orientação

A Superintendente de Desenvolvimento da Economia Criativa da Secretaria Estadual de Cultura e Esportes, Alessandra Keiko Galvão Okamura, falou sobre os procedimentos para acessar recursos.

Em entrevista à reportagem de CenárioMT, o secretário de Cultura de Mato Grosso, Alberto Machado, assinalou que há recursos disponíveis. Ele destacou que a secretaria está disponível para atender os 141 municípios mato-grossenses. “A gente entende que a economia criativa como o futuro da nossa sociedade, da nossa relação comercial, social, cultural”, pontuou. “Nós criamos um edital específico pra economia criativa, a MT Criativa, que foi muito acessado. Os recursos chegaram e a gente está visitando varias ações no Estado inteiro do que está acontecendo, o que tem que acontecer”, acrescentou Machado.

Para o presidente do Conselho Municipal de Cultura, o encontro serve para que o segmento cultural possa ver outro viés pra captação para os artistas de Lucas do Rio Verde. “Pra que a gente não fique preso sempre ao Poder Público, na questão de verbas, recursos. Pra que eles (artistas) possam viver da própria arte, do que produzam e produzam economia também, familiar e pra o nosso município também”, ressaltou o presidente do Conselho Municipal de Cultura, Junior Munhoz.

O Presidente do CMC chama a atenção que Lucas do Rio Verde abriga manifestações culturais de todas as regiões do país. “É o Brasil numa cidade, são múltiplas culturas, temos vários segmentos culturais”, salienta.

Economia criativa em números

De acordo com as Nações Unidas, todas estas atividades baseadas no conhecimento e produção de bens tangíveis, intelectuais e artísticos, com conteúdo criativo e valor econômico, integram a chamada Economia Criativa. Esta nova economia gera cerca de US$ 8 trilhões por ano no mundo, representando de 8 a 10% do PIB mundial.

No Brasil, a área criativa gerou uma riqueza de R$ 155,6 bilhões para a economia brasileira em 2015, segundo “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil”, publicado pela Firjan em dezembro de 2016.

Na ocasião, a participação do PIB Criativo estimado no PIB brasileiro foi de 2,64% em 2015, quando a Indústria Criativa era composta por 851,2 mil profissionais formais.

Entretanto, produtores e empreendedores que atuam no mercado dos negócios criativos no Brasil ainda precisam desenvolver a sustentabilidade de seus empreendimentos, adquirir independência dos recursos do estado, profissionalizar a gestão e buscar a longevidade de seus negócios.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.