A Secretaria de Planejamento e Cidade iniciou esta semana o cadastramento de sepultados no Jardim da Paz, em Lucas do Rio Verde. O cemitério municipal está com taxa de ocupação alta, com perspectiva de lotação em no máximo 5 anos. O prazo para formalizar o cadastro é o dia 30 de julho.
De acordo com o titular da pasta, Weliton Souto, uma das características de Lucas do Rio Verde é de ser uma cidade com população bastante rotativa. Com isso, muitas pessoas sepultadas no cemitério local não têm mais familiares residentes. “A gente entende que muitos jazigos podem ir para o Ossário Municipal”, explicou o secretário, assinalando que a obra está em fase de conclusão. A unidade terá espaço para até 192 ossuários.
A partir da identificação de jazigos considerados abandonados, serão feitas as exumações dos corpos e a ossada passa a ficar assentada no Ossário Municipal.
Atualmente, o cemitério Jardim da Paz conta com mais de 3 mil jazigos. A partir deste cadastramento, o município terá um cenário real da situação.
Cadastramento
As pessoas que têm familiares sepultados no cemitério local podem fazer o cadastramento de duas formas, presencial, no cemitério, ou pelo site da Prefeitura. Quem preferir ir até secretaria do Jardim da Paz pode entrar em contato com a funcionária responsável pelo cadastro.
O outro método, segundo Souto, é bastante prático. Por meio do site da prefeitura, a pessoa acessa a pasta da Secretaria de Planejamento e Cidade, e clica no ‘ícone’ Cemitério. “Vai abrir uma ferramenta de georreferenciamento que vai ‘levar’ a pessoa ao cemitério. Ela vai colocar o nome do ente que ela tem lá sepultado e vai aparecer as opções. Ela vai selecionar e essa opção levará aos jazigos que nós fizemos um pré-cadastro”, detalhou.
Inovação tecnológica
Ainda conforme o secretário, a pessoa que fará o cadastramento terá, inclusive, a opção de acessar uma foto do jazigo e fazer um memorial. “É totalmente online, prático e indutivo. A pessoa pode olhar a foto, confirmar, põe os dados e colocar algum tipo de biografia do ente. Se quiser colocar uma história, pode anexar a biografia pra ficar disponível esse histórico”, ressaltou Souto, citando que o cemitério está todo digitalizado. “Na entrada do cemitério tem um QR Code, pode fazer as consultas sobre quem é a pessoa sepultada em determinado jazigo. A gente quer inovar, fazer algo diferente, moderno. E que as pessoas possam, de certa forma, eternizar esses entes queridos que elas têm ali, através das ferramentas digitais”.
Exumação
Depois de 30 de julho, as sepulturas com mais de 5 anos podem ter os corpos exumados e a ossada colocada no Ossário Municipal. “É muito importante a sociedade entender que se não conseguir fazer o cadastramento, pode procurar a Secretaria de Planejamento aqui no Paço Municipal, pode procurar no Cemitério Municipal e pode fazer online. A gente abre a possibilidade de fazer essa exumação”, explicou Weliton, ressaltando que cada caso será analisado.
A medida vale para todo o cemitério. O secretário explica que o Jardim da Paz está ‘dividido’ em três setores. O da direita, que é mais antigo, tem sepultados os chamados pioneiros, que comporta os sepultados com mais tempo de residência comprovada em Lucas do Rio Verde. Do lado esquerdo, o chamado ‘Jardins’, tem sepultadas pessoas com menos tempo de residência na cidade. O terceiro setor são os gavetários.
“O cadastramento vale para todo o cemitério. Pela lei, a exumação só é permitida para jazigos acima de 5 anos de sepultamento”, frisou.