Delegado fala sobre Operação Ponto Final em que ocorreu morte de suspeito em troca de tiros

João Antônio diz que foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Na casa onde suspeito morreu foram apreendidas munições

Fonte: CenárioMT com João Ricardo

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A Polícia Civil desencadeou nesta quarta-feira (11) a Operação Ponto Final. A ação contou com apoio de policiais civis de cidades da região norte e da capital, Cuiabá, além de agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE). Helicópteros do Ciopaer também auxiliaram nos trabalhos. A operação ocorre após início de ano em que ocorreram dois homicídios e roubo a mão armada em Lucas do Rio Verde.

O delegado da Polícia Civil, João Antônio, fez um balanço das ações desencadeadas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. “Objetivo era apreender armas e munições, bem como aparelhos telefônicos e outros objetos ilícitos, como drogas”, informou.

De acordo com a autoridade policial, nos locais visitados foram encontrados armas de fogos e munições, algumas de calibre 12 que haviam sido furtadas recentemente. “Conseguimos aparelhos telefônicos que vão ser bastante uteis nas investigações”, explicou.

Troca de tiros

Em relação à troca de tiros em que ocorreu a morte de um suspeito, o delegado disse que é uma pessoa com várias passagens policiais. “Figurinha carimbada, como é dito no meio policial. É um individuo sabidamente que integra uma organização criminosa que atua, não só aqui em Lucas do Rio Verde, mas em todo o Estado”, destacou.

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O suspeito que faleceu no local era tido como liderança dentro do bairro Tessele Junior. “Um bairro muito sensível, uma população que trabalha muito. Contudo, existem elementos infiltrados dentro do bairro que trazem essa pecha de bairro violento”, pontuou.

Entre as passagens policiais na ficha criminal do suspeito estão crimes patrimoniais, furtos qualificados, receptação qualificada, tráfico de drogas, associação ao tráfico e homicídio. Há ainda a suspeito de envolvimento em outros homicídios ocorridos em Lucas do Rio Verde. “Foi confirmado, inclusive, em depoimento. Era um indivíduo muito perigoso, a gente ciência disso. Todos os policiais envolvidos na operação foram orientados no sentido de ao fazerem o adentramento tático, que eles já tivessem cientes de que o individuo poderia estar armado. Infelizmente isso veio a se confirmar e um dos policiais nossos teve que usar o meio moderado, pra repelir essa injusta agressão e o individuo morreu no local”, detalhou.

A Politec esteve no local, fez o levantamento da cena onde ocorreu o fato. Será instaurado procedimento para apurar como se deu toda a dinâmica dos fatos. Ele será encaminhado para a Justiça para as providências cabíveis.

Algumas pessoas foram conduzidas para a Delegacia para prestar depoimentos e esclarecimentos.

Ligação com outros crimes

A arma apreendida durante a operação poderá ser periciada para averiguar se foi usada em outros crimes. No homicídio ocorrido na sexta-feira, os policiais apreenderam cápsulas calibre 38, compatível à arma encontrada com o suspeito.

“A gente que os crimes ocorridos no Tessele Junior acontecem a mando da liderança do bairro”, resumiu o delegado.

Retaliações

O delegado acrescentou que as forças de segurança mantêm a vigilância. “Tivemos informações de possíveis retaliações contra as instituições de segurança aqui de Lucas do Rio Verde, o que já demonstra que essa organização criminosa atua de violenta e pra coibir a ação das forças de segurança. Só que nós não temos medo, somos fortemente treinados pra repelir esse tipo de ameaça”, completou.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.