A noite de quinta-feira (6) foi marcada por um novo capítulo na relação entre o Sintep Subsede de Lucas do Rio Verde e o Poder Legislativo Municipal. Em uma assembleia que reuniu um bom número de profissionais da educação, o sindicato apresentou avanços concretos em sua pauta de reivindicações e entregou aos vereadores um projeto de lei voltado à proteção dos trabalhadores da rede de ensino. O encontro contou com a presença de cinco dos nove vereadores, simbolizando a retomada do diálogo e da construção conjunta de soluções para o setor.
O presidente do Sintep, professor Ericksen Carpes, destacou a importância da aproximação com o Legislativo e classificou a assembleia como um momento “simbólico e histórico” para a categoria. “A presença dos vereadores demonstra que o diálogo está de volta. Estamos retomando as negociações de forma madura e produtiva, buscando garantir conquistas e construir novos direitos. Essa boa vontade política tem permitido avanços concretos”, afirmou.
Entre os 20 itens da pauta apresentada à Prefeitura, o sindicato informou que já houve avanço em quatro pontos prioritários, resultado das discussões com a Câmara de Vereadores. Um dos principais é a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da equipe de apoio da educação. “Foi um ponto que me tirava o sono. Nossos trabalhadores mais humildes, como o pessoal da limpeza, da merenda, da secretaria escolar e da vigilância, estavam com planos defasados. Ver isso sendo corrigido é uma vitória coletiva”, destacou Carpes.
Outro ponto de destaque foi a entrega de uma minuta de lei elaborada pelo próprio sindicato, batizada de “SOS Educação”, que prevê proteção jurídica aos profissionais da educação em casos de violência, ameaças e perseguições nas unidades escolares, sejam públicas ou privadas. “É a primeira vez na história do Sintep que entregamos um projeto de lei. Queremos garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos que fazem parte da escola”, explicou o presidente.
Além disso, a categoria obteve avanços em habitação — com a disponibilização de 100 casas destinadas a profissionais da educação, em parceria com a construtora Pacaembu e apoio da Prefeitura — e na flexibilização da hora-atividade, que poderá ser realizada em formato remoto a partir do segundo semestre de 2026, caso o modelo em teste na rede estadual apresente resultados satisfatórios.
O presidente da Câmara, vereador Airton Callai, ressaltou que o diálogo foi fundamental para destravar pautas paradas desde 2019. “O que conseguimos foi fruto da conversa. Retomar a discussão sobre o Estatuto dos Servidores de Apoio e do TI, por exemplo, é um passo importante. São profissionais essenciais, que estavam há anos sem progressão adequada. Esse avanço mostra que o entendimento é o melhor caminho”, afirmou.
Callai reforçou que a Câmara manterá aberta a ponte de diálogo com o Sintep e o Executivo, por meio da comissão de educação, e fez um apelo pela continuidade da harmonia. “Nosso objetivo é iniciar 2026 com tranquilidade, sem ameaças de greve, com professores, alunos e famílias em paz. A Câmara seguirá mediando esse diálogo e buscando soluções equilibradas para todos.”
Além do presidente da Câmara Municipal, participaram do início da assembleia os vereadores Nadir Santana, Jackson Lopes, Gilson Fermino, o Urso, e o vereador Doutor Nelsinho.
