Apesar do excesso de chuva, Fundação Rio Verde mantém otimismo com safra de soja em Lucas do Rio Verde

Primeiras lavouras começam a ser colhidas. Trabalhos devem ser intensificados nos primeiros dias de janeiro

Fonte: CenárioMT

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O excesso de chuvas registrado nos meses de dezembro e janeiro deve influenciar na produtividade da lavoura de soja em Mato Grosso. Algumas lavouras em Lucas do Rio Verde começam a ser colhidas. Os produtores mostram cautela, mas a Fundação Rio Verde, que atua no acompanhamento do setor, mantém otimismo com a safra.

Diretor executivo da fundação, Rodrigo Pasqualli, comentou que o excesso de chuvas tem interferência negativa no desenvolvimento da soja. “Porque ela precisa de luz pra poder acelerar o metabolismo, a fotossíntese e fazer todos os processos químicos e biológicos da planta. Então isso acaba interferindo no desenvolvimento e na produtividade dos grãos”, pontuou.

Nas lavouras que já começaram a ser colhidas, havia a expectativa de produtividade superior a da safra passada. Porém, as chuvas acabaram limitando um pouco a produtividade. “Nós temos relatos de produtores que acreditam que vai ser talvez até um pouco inferior que o ano passado. Mas, de maneira geral ainda é uma safra satisfatória. Temos ainda há um mês ainda pra o desenvolvimento da safra”, declarou.

Pasqualli destaca que o plantio da safra ocorreu em períodos diferentes. As primeiras foram semeadas por volta de 20 de setembro. As demais foram plantadas entre essa data até o final de outubro. Por isso, a partir da primeira semana de janeiro os trabalhos no campo devem ser intensificados. As últimas lavouras serão colhidas até o fim de março. “A expectativa é satisfatória, não é tão grande e aí nós estamos esperando a natureza nos ajudar em relação a esse clima”, reforçou o diretor executivo

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Monitoramento

Em algumas lavouras há relatos de ocorrências do chamado acamamento de plantas de soja. Esse é o nome dado a ocorrência de queda ou arqueamento das plantas em virtude da flexão da haste ou má ancoragem propiciada pelas raízes. “Temos o relato de plantas de soja caindo, quebrando o caule e dando a perda na lavoura por acamamento. E temos algumas plantas apodrecendo o grão, mesmo com a planta verde. Então isso é reflexo de anos com muita umidade, muita chuva e acaba interferindo nessa característica fisiológica da planta”, explica.

A orientação da Fundação Rio Verde é o constante monitoramento. O produtor deve observar a lavoura diariamente, tendo a percepção em relação a pragas e a doenças. Segundo Pasqualli, a umidade provocada pelas chuvas é um fator favorável pra que a cultura seja afetada por doenças.

“Em relação a pragas estamos num momento crucial, onde nós temos uma iminência de colher a soja e já plantar o milho. Então, nós temos que observar o índice baixo de pragas pra poder entrar a próxima cultura com esses índices baixos e conseguir controlar mais fácil. Então toda a atenção do produtor nesse momento é importante e interessante pra nós iniciarmos uma nova safra com uma lavoura livre de praga e livre doença”, concluiu.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.