Alunos da Escola Municipal São Cristóvão desenvolvem coroa de plantio com papel descartado em sala de aula

A chamada “Eco coroa” protege as plantas nativas da matocompetição, permitindo que alcançassem a fase adulta; Até o momento, o projeto já reciclou cerca de 80 kg de papel, o que equivale a aproximadam

Fonte: Ascom Prefeitura/Camilly Barros

(Foto: Ascom Prefeitura/Victor Pauletti)

Comprometida com a formação de cidadãos mais conscientes e sensíveis às questões ambientais, a Escola Municipal São Cristóvão, de Lucas do Rio Verde, teve uma ideia inovadora: reciclar o papel utilizado em sala de aula — que seria descartado — para desenvolver um protótipo de coroa de plantio, nomeada como “Eco Coroa”.

Com apoio da Secretaria de Educação, a iniciativa integra o projeto Agroecologia no Espaço da Agrofloresta, vinculado à disciplina de Ciências e ao Programa Lucas + Sustentável Lixo Zero, mobilizando os alunos do 7º ano do ensino fundamental e a comunidade escolar.

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“Este projeto nos ajudou a identificar a quantidade de resíduos gerados em sala de aula e a dar a eles o destino adequado, contribuindo de maneira significativa por meio do protagonismo dos alunos, com atitudes que buscam a melhoria do meio ambiente”, destacou a gestora da escola, Andreia Pedrassani Gugel.

Até o momento, o projeto já reciclou cerca de 80 kg de papel, o que equivale aproximadamente a mais de 17 mil folhas sulfite.

O coroamento das plantas cria uma barreira no entorno da muda nativa para protegê-la do mato invasor, evitando a competição por água e nutrientes. Esse pode ser feito manualmente, por meio da capinagem, ou com o uso de coroas plásticas disponíveis no mercado.

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A “Eco Coroa” é confeccionada a partir de uma mistura de papel triturado e umedecido com polvilho de mandioca cozido.


(Foto: Ascom Prefeitura/Victor Pauletti)

Além de ser biodegradável e não poluir o meio ambiente, o protótipo contribui para o processo de reflorestamento, pois cria um microclima favorável ao desenvolvimento das plantas, ajudando a reter a umidade, reduzir a evaporação e regular a temperatura do solo.

“Na disciplina de Ciências, os alunos do 7º ano estão estudando temas como biodiversidade, degradação e recuperação ambiental. O projeto é uma forma de colocar em prática os conteúdos aprendidos em sala de aula, abordando também reciclagem e reflorestamento”, ressaltou o professor responsável pelo projeto, Antônio Paiva.

Ainda em processo de testes, a Eco Coroa foi utilizada no plantio de 60 das mais de 100 mudas nativas, cultivadas pelos estudantes, na comunidade São Cristóvão.

A estudante Maria Alice Correia conta que gostou muito de participar do projeto.“Eu gostei muito de participar do projeto, porque pudemos colocar a mão na massa, plantar mudas nativas e aplicar, na prática, o conhecimento que adquirimos em sala de aula. Foi uma experiência boa e muito legal”.

Com iniciativas como essa, realizada pela Escola Municipal São Cristóvão, a Secretaria de Educação reafirma seu propósito de promover uma aprendizagem que vai além da sala de aula, inspirando atitudes sustentáveis, estimulando o protagonismo dos estudantes e contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis e engajados na construção de um futuro mais equilibrado e consciente ambientalmente.

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Jornalista formado (DRT 0001781-MT), atua no CenárioMT na produção de conteúdos sobre política, economia, esportes e temas do agronegócio em Mato Grosso. Com experiência consolidada na redação e apuração regional, busca entregar informação clara e contextualizada ao leitor. Aberto a pautas e sugestões. Contato: [email protected] .