Padilha foi condenado a 15 anos e 2 meses de prisão por estupro de vulnerável, crime cometido contra a sobrinha da ex-companheira e contra uma babá de seu filho. Em 2022, ele já havia sido detido preventivamente, após investigações apontarem que buscava a vítima na escola e a levava para casa, onde ocorriam os abusos.
Em setembro de 2024, ele ainda recorria da sentença no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, mas em janeiro deste ano o juiz Francisco Ney Gaíva decretou o trânsito em julgado, tornando a condenação definitiva. Desde então, Padilha estava foragido.
Valdebran ganhou notoriedade nacional em 2006, quando foi preso pela Polícia Federal em São Paulo com quase R$ 1 milhão em espécie — R$ 758 mil e US$ 109,8 mil, então equivalente a R$ 236 mil. O dinheiro seria usado na compra de documentos e informações contra o candidato ao governo paulista, José Serra (PSDB).
A operação ficou conhecida como o caso dos “aloprados”, desdobramento das investigações da “máfia das sanguessugas”, que apurava desvio de recursos na compra de ambulâncias pelo Ministério da Saúde. À época, Valdebran atuava como tesoureiro do ex-deputado estadual Alexandre César (PT-MT), candidato a prefeito de Cuiabá em 2004.
Valdebran é tio do vereador por Cuiabá Gustavo Padilha (PSB). A prisão reacende lembranças de um dos episódios mais constrangedores da história do PT em Mato Grosso, agora agravado pela condenação criminal por estupro de menor.