A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Justiça 4.0, acolheu o pedido do Ministério Público e determinou a liberdade monitorada do biomédico Igor Phelipe Gardés Ferraz, sócio e responsável técnico do laboratório BioSeg Saúde e Segurança do Trabalho, acusado de falsificar exames laboratoriais em Cuiabá e região.
Igor foi preso no dia 15 de agosto durante a Operação Contraprova, deflagrada pela Polícia Civil, e estava no Centro de Ressocialização Industrial Ahamenon Lemos Dantas, em Várzea Grande. Apesar de a magistrada reconhecer o risco processual, como a possibilidade de destruição de provas ou reincidência, ela afirmou que medidas cautelares serão suficientes para mitigá-lo.
De acordo com a decisão, o acusado terá uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento mensal ao juízo, proibição de sair da cidade sem autorização e entrega do passaporte à Polícia Federal. Além disso, não poderá frequentar as sedes da BioSeg nem manter contato com outros investigados.
Operação Contraprova e investigação
A Operação Contraprova revelou que o laboratório, com sedes em Cuiabá, Sorriso e Sinop, coletava materiais biológicos de pacientes sem realizar análises e emitia laudos falsos assinados por Igor. A BioSeg oferecia exames de covid-19, toxicológicos e para doenças como sífilis, HIV e hepatites, atendendo pacientes individuais, convênios médicos e a Prefeitura de Cuiabá.
Outros dois sócios também foram investigados, mas apenas Igor foi preso. Todos foram indiciados por estelionato, falsificação de documentos e associação criminosa, e as investigações continuam em andamento.
Para mais informações sobre o estado, acesse Mato Grosso.