Com realização de mutirão, município reduz fila de espera por procedimentos oftalmológicos

Foram realizadas 250 cirurgias de cataratas e ainda há cerca de 50 pacientes que desistiram de fazer o procedimento

Fonte: CenárioMT

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Foto: Ascom Prefeitura/Anderson Lippi

Cerca de 250 pacientes luverdenses participaram do mutirão realizado pela Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde para procedimentos cirúrgicos. Com a iniciativa, o município reduz a fila de espera por cirurgias oftalmológicas. 50 pacientes que aguardavam o procedimento não quiseram fazer parte do mutirão neste momento.

A secretária de Saúde, médica Fernanda Ventura, observou que todos os cerca de 300 pacientes foram contatados pela Central de Regulação. “Esses pacientes aguardavam na nossa fila de espera. É um projeto muito positivo e que atende a nossa demanda através de recurso estadual, juntamente com recurso municipal, com a parceria do consórcio Teles Pires. E já temos previsto outro mutirão de cirurgia de pterígio para ainda esse ano”, antecipou.

O prefeito Miguel Vaz esteve no Espaço Saúde, onde ocorreu o mutirão, e conversou com pacientes. “Nós estamos executando aqui dentro do nosso Espaço de Saúde, que é um espaço recém organizado para receber os pacientes aqui de várias especialidades”, comentou. “Para nós é uma grande satisfação saber que com esse mutirão estaremos diminuindo a fila de espera aqui no município”.

Fila Zero

O Consórcio Teles Pires é o instrumento que permitiu a realização do mutirão por meio do programa Fila Zero que substituiu o Cirurgia MT do governo estadual. De acordo com a secretária executiva do Consórcio, Solimara Lígia Moura, informou que em 90 dias foram realizadas mais de 2 mil cirurgias em diversas especialidades, incluindo cirurgias cardíacas no Hospital Regional, em Nova Mutum.

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“O programa Fila Zero veio contribuir para que os municípios consigam atender nas cirurgias eletivas. Hoje nós podemos dizer que nós temos pouca fila ou quase nada nos municípios em algumas especialidades. Tínhamos uma demanda grande na primeira versão do programa, que encerrou em fevereiro”, explicou.

Conforme Solimara, foram investidos R$ 10 milhões em cirurgias.

“Nos próximos dias teremos novamente cirurgias de estrabismo, que nós não temos na região. A médica está vindo do estado de São Paulo para realizar em Nova Mutum”, destacou a secretária executiva do consórcio.

Pacientes

Entre os pacientes a expectativa inicial era a melhor possível. Principalmente pela melhoria na qualidade de vida que um procedimento dessa natureza promove ao paciente.

Vilson Antonio, um dos pacientes, disse que até a cirurgia havia muita dependência, principalmente da esposa, já que a visão não era das melhores. “Porque eu não enxergava muito bem, não via nada quase assim, sempre via como uma sombra. Eu olhar as pessoas de perto (há poucos metros) enxergo até bem, mas se tiver a 10 metros eu não vejo o olho da pessoa, não vejo nada, fica assim sempre um verde. É uma coisa que me atrapalha muito, demais”, explicou.

Já Ana Célia Rodrigues Araújo passou pelo procedimento pela segunda vez. Ela lembrou que se recuperou bem no primeiro procedimento. “Hoje está com 4 meses”, disse.

“Eu tive ajuda em casa porque eu não poderia abaixar a cabeça”, comentou. “Depois da primeira cirurgia eu já consigo enxergar letras pequenas e sem meus óculos, que eu não conseguia enxergar. Era através dos óculos, tanto para perto como para longe. Hoje não, hoje eu enxergo super bem só com a primeira cirurgia”, celebrou.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.