Cada vez mais distante de FEX de 2018, Mauro diz que já não ‘dorme ou acorda’ pensando no recurso

Fonte: OLHAR DIRETO

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Trabalhando em medidas para trazer o equilíbrio econômico para as contas do Estado desde que tomou posse em janeiro, o governador Mauro Mendes (DEM) mudou o tom do discurso e declarou que não está mais ‘acordando, ou dormindo’ pensando em recursos como o do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX) referente ao ano de 2018, que não foi pago pelo Governo Federal.

Após pouco mais de oito meses no Palácio Paiaguas, Mendes garante que daqui para frente irá tocar o governo dentro de sua realidade e que se, por ventura, um novo recurso chegar aos cofres do Estado, será muito bem gasto.

“O FEX é uma possibilidade que existe, está sendo trabalhada desde o início do ano, mas não temos nada de concreto. O Senado aprovou, os recursos tem prazo para entrar, então não dá para fazer uma especulação. Estou tocando o governo, olhando para nosso caixa, para nossa realidade, para nossas despesas, nossas receitas e óbvio, que se um dia chegar um dinheiro extra, ele será bem gasto, porque tem muita coisa para fazer aqui no Estado”, disse o governador, explicando que sua prioridade é  a cada dia, melhorar a receita e cortar as despesas.

“Não fico aqui acordando e dormindo, pensando em FEX e recessão onerosa. Eu acordo e durmo pensando em cortar despesa, melhorar receita e melhorar qualidade da gestão”, afirmou.

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A falta do pagamento do FEX de 2018 fez com que o início da gestão de Mauro Mendes passasse por graves problemas financeiros, que ainda estão sendo resolvidos com escalonamentos de salários de servidores, assim como o parcelamento do pagamento do 13° salários, de parte do funcionalismo público.

Na semana passada o secretário de Fazenda Rogério Gallo disse que existe uma possibilidade muito pequena de o Governo Federal pagar o FEX do ano passado. A expectativa agora, segundo o comandante da Sefaz, é pela vinda do FEX deste ano e dos recursos do leilão do pré-sal, a chamada cessão onerosa, aprovada pelo Senado no início deste mês.

“O que eu ouvi do governador e da bancada foi a promessa de pagar o FEX de 2019. Aí 2018 ficaria para trás, o que infelizmente seria um calote na visão dos estados. A perspectiva da bancada é na cessão onerosa. Estamos falando de R$ 70 bilhões, R$ 30 bilhões serviriam para os estados e R$ 40 bilhões para a União”, disse.