Nelson Barbosa: juro mais baixo deve ampliar desembolsos do BNDES

Em entrevista de divulgação do resultado financeiro do banco no primeiro semestre, o diretor de Planejamento elencou ações mais importantes do período.

Fonte: Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

O diretor de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, diz acreditar que com o início da queda da taxa básica de juros (Selic) “e, principalmente, com a queda da Taxa de Longo Prazo (TLP), vários projetos, que hoje são consulta no banco, serão transformados efetivamente em desembolsos, para aproveitar essa janela de juro um pouco mais baixos”. Barbosa participou, nesta quarta-feira (16), no Rio de Janeiro, de entrevista de divulgação do resultado financeiro e do desempenho operacional do BNDES no primeiro semestre de 2023.

Barbosa destaca entre as medidas importantes já implementadas no primeiro semestre deste ano a criação de linhas em dólar para o setor do agronegócio (R$ 4 bilhões) e para a indústria (R$ 1 bilhão); o aumento do orçamento para o Plano Safra de R$ 25,4 bilhões em 2002/2023 para R$ 38,4 bilhões em 2023/2024; a retomada de empréstimos para estados e municípios no montante de R$ 30 bilhões; e a retomada das captações externas, com negociações que atingem US$ 5,2 bilhões.

O banco voltou a participar do mercado de debêntures, em duas emissões na área de saneamento, adquirindo R$ 1,8 bilhão da oferta de R$ 3,8 bilhões da Iguá, representando 47% do total, e R$ 1,9 bilhão da oferta de R$ 5,5 bilhões da Aegea, garantindo 35% da operação. Segundo Barbosa, essas foram “as maiores debêntures incentivadas do Brasil”.

Dentre as propostas elaboradas pelo BNDES para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, que soma R$ 1,7 trilhão, com investimentos de R$ 1,4 trilhão até 2026, o diretor de Planejamento destacou o novo Fundo Clima e a criação do Fundo de Investimento em infraestrutura Social. Criado em 2009, o Fundo Clima tem carteira atual de R$ 2,3 bilhões, com previsão de novo aporte este ano. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, informou que já estão previstos investimentos no Fundo Clima de R$ 10 bilhões por ano.

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Em relação ao fundo financeiro para investimentos em infraestrutura social, o diretor de Planejamento informou que a ideia é replicar o modelo do Fundo Clima. O financiamento a ser concedido vai garantir o investimento de estados e municípios em escolas e hospitais, entre outras ações.

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