Mais de 70 entidades, entre movimentos sociais, sindicatos e organizações civis, divulgaram uma carta pedindo mudanças no sistema tributário brasileiro. O documento exige tributação mais alta para super-ricos, revisão das renúncias fiscais e o fim dos supersalários no Judiciário. As propostas incluem isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais e mais impostos para rendas superiores a R$ 50 mil.
Segundo os signatários, há uma tentativa dos setores mais privilegiados de forçar cortes no orçamento social. Eles denunciam o Congresso Nacional por atuar como “guardião dos privilégios”, bloqueando reformas que tornariam a cobrança de impostos mais progressiva. Entre os pedidos estão a taxação de transações financeiras, fundos de especulação e exportadoras, além de limitar emendas parlamentares que somam cerca de R$ 50 bilhões por ano.
A carta também defende manter os pisos constitucionais de saúde e educação, impedir uma nova reforma da previdência e preservar direitos vinculados ao salário mínimo. Os movimentos rejeitam reformas administrativas que, segundo eles, prejudicariam a população e ameaçariam políticas públicas para moradia, reforma agrária, igualdade racial, direitos das mulheres e proteção de serviços essenciais.
Para ampliar o debate, foi lançado o “Plebiscito Popular Por um Brasil mais Justo”, que vai consultar a população até 7 de setembro sobre a isenção do IR para salários de até R$ 5 mil, a taxação das altas rendas e o fim da escala 6×1 no trabalho.
