Investidores do Banco Master, que teve a liquidação decretada pelo Banco Central, enfrentam não apenas a espera pelo ressarcimento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), mas também uma onda de golpes direcionados a quem busca recuperar seus depósitos. Anúncios que prometem “liquidez imediata” ou antecipação de pagamento têm circulado em plataformas digitais, aproveitando a ansiedade de quem está com aplicações bloqueadas.
O FGC reforça que não autoriza intermediários, não cobra taxas e não oferece formas de agilizar o ressarcimento. Qualquer promessa de antecipação é considerada fraude, e o único canal legítimo é o aplicativo oficial da entidade.
Especialistas em segurança digital ressaltam que a garantia é automática e que ofertas de crédito vinculadas ao pagamento devem ser vistas como sinal de alerta. Segundo analistas, a pressa utilizada em abordagens fraudulentas é uma das principais estratégias de criminosos.
Riscos crescentes
Com a falta de prazo exato para o início dos pagamentos, surgiram propostas fraudulentas que se apresentam como empresas especializadas, escritórios jurídicos ou consultores financeiros. As fraudes mais comuns envolvem phishing, roubo de dados e empréstimos predatórios.
Entre os golpes identificados estão páginas falsas que imitam plataformas oficiais, links maliciosos enviados por aplicativos de mensagem, atendentes falsos que solicitam senhas e apps fraudulentos capazes de instalar softwares invasores.
Outra prática recorrente envolve supostos “adiantamentos”, que mascaram operações de crédito com juros elevados, levando o investidor a contratar empréstimos que podem consumir grande parte do valor garantido pelo FGC.
Liquidação e pressão sobre investidores
A liquidação do Banco Master, conhecido por ofertar CDBs com rentabilidade acima do CDI, aumentou a vulnerabilidade dos clientes. O processo ocorreu após meses de turbulência e culminou em prisões de executivos durante investigação da Polícia Federal. Com as atividades encerradas, quem possuía aplicações de até R$ 250 mil passou a depender exclusivamente do FGC.
O procedimento envolve cadastro no aplicativo oficial, análise da lista de credores enviada pelo Banco Central — que leva cerca de 30 dias — e habilitação do pedido de ressarcimento, seguida de validações biométricas e envio de documentos. O pagamento é concluído em até dois dias úteis após a aprovação.
Como evitar fraudes
Para reduzir riscos, especialistas recomendam adotar práticas como:
- Usar somente o site e o aplicativo oficial do FGC;
- Evitar compartilhar dados pessoais ou códigos com terceiros;
- Desconfiar de promessas de antecipação, pois a garantia é automática;
- Verificar endereços digitais antes de acessar páginas;
- Manter autenticação em dois fatores ativa e antivírus atualizado;
- Confirmar qualquer informação antes de agir, especialmente diante de mensagens que criam sensação de urgência.


















