A agência de classificação de risco Fitch manteve a avaliação da dívida soberana do Brasil em dois níveis abaixo do grau de investimento, com perspectiva estável. Isso indica que, nos próximos meses, não há previsão de mudanças na nota atribuída ao país.
O grau de investimento é considerado um selo de confiança de que um país tem baixa probabilidade de inadimplência em suas obrigações financeiras.
Segundo comunicado da agência, quatro fatores principais influenciaram a decisão: o elevado e crescente endividamento público, rigidez do orçamento federal, desempenho fraco em indicadores de governança e o baixo crescimento potencial da economia brasileira.
A Fitch também destacou que as eleições presidenciais de 2026 podem postergar medidas de ajuste fiscal para 2027. Além disso, mencionou as dificuldades do Executivo federal em avançar pautas econômicas no Congresso Nacional.
Até o momento, o Ministério da Fazenda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão da Fitch.
Contexto recente
Em julho de 2023, a Fitch havia elevado a nota do Brasil, mantendo-a, porém, ainda abaixo do grau de investimento. A perspectiva se manteve estável desde então.
Outras agências também revisaram suas avaliações recentemente. Em dezembro de 2023, a S&P subiu a nota do Brasil de três para dois níveis abaixo do grau de investimento. A nota foi mantida neste mês de junho. Já em maio de 2025, a Moody’s reduziu a perspectiva da nota soberana brasileira de positiva para estável, afastando a chance de o país atingir o grau de investimento até o fim da atual gestão federal.
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— CenarioMT (@cenariomt) August 14, 2025