Em sete anos de fiscalização, a Polícia Federal (PF) determinou o fechamento de 1.176 empresas clandestinas de segurança privada. As operações também levaram a 26 prisões em flagrante e à apreensão de 46 armas de diferentes calibres.
Entre 2017 e 2024, foram inspecionadas 3.358 empresas no âmbito da Operação Segurança Legal, sendo que cerca de 35% delas atuavam sem autorização para funcionar. A pandemia de Covid-19, em 2020, suspendeu temporariamente as ações, mas em 2019 a fiscalização ocorreu duas vezes para ampliar o combate às irregularidades.
Apenas empresas autorizadas pela PF podem contratar vigilantes e prestar serviços de segurança privada no país. O uso de companhias clandestinas representa risco à integridade de pessoas e ao patrimônio, já que não cumprem requisitos legais mínimos e seus funcionários não passam por checagens criminais, de formação ou aptidão física e psicológica.
De acordo com Ivan Hermano Filho, vice-presidente da Fenavist, o cenário reflete a realidade observada pelo setor. Segundo ele, as empresas irregulares vão desde grandes firmas sem autorização até indivíduos que oferecem serviços informais em estabelecimentos como farmácias e supermercados.
Desde 2024, com a sanção do Estatuto da Segurança Privada, atividades antes questionadas passaram a exigir autorização formal da PF. A nova legislação fortaleceu a fiscalização, permitindo aplicação de multas não apenas às empresas clandestinas, mas também a quem as contrata. Além disso, tornou crime o uso de armas funcionais por policiais em atividades privadas de segurança.