O governo do Rio de Janeiro, em parceria com a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), passou a utilizar um laboratório portátil de alta tecnologia capaz de detectar, em poucos segundos, bebidas destiladas falsificadas ou adulteradas. O equipamento, desenvolvido na Escócia, contém as fórmulas originais dos principais destilados do mercado e realiza comparações com amostras coletadas durante as fiscalizações da Secretaria de Defesa do Consumidor (Sedcon) e do Procon-RJ.
Durante a segunda fase da Operação Salus, em Copacabana, as equipes encontraram 20 litros de chope vencido, sete garrafas de tequila com impurezas e um litro de xarope de açúcar fora da validade usado em drinques. As tequilas foram encaminhadas para análise junto aos fabricantes, enquanto as demais bebidas foram descartadas.
A Operação Salus ocorre simultaneamente em oito estados, com apoio de órgãos de defesa do consumidor, vigilâncias sanitárias e forças de segurança. Desde o início da operação, já foram apreendidos mais de 750 litros de bebidas adulteradas ou contrabandeadas em 21 municípios brasileiros.
O secretário de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca, destacou que a parceria com a Abrabe e o uso de novas tecnologias fortalecem a proteção à saúde pública. Segundo ele, o governo pretende adquirir mais dois laboratórios portáteis.
“O laboratório portátil é aliado essencial na proteção da saúde pública. Ele permite identificar adulterações com rapidez e precisão, garantindo que as bebidas comercializadas atendam aos padrões de qualidade e segurança exigidos por lei”, afirmou Fonseca.
Nos últimos 12 meses, mais de 300 litros de bebidas adulteradas ou sem origem comprovada foram apreendidos em ações realizadas em Rio das Ostras, Niterói, zona sul do Rio e na Lapa.