O Instituto Internacional Arayara expandiu nesta quinta-feira (11), em Salvador, o programa Defensores dos Defensores, voltado a ativistas ambientais e de direitos humanos que enfrentam ameaças. A iniciativa garante suporte psicológico, jurídico, financeiro e humanitário de forma gratuita, fortalecendo a atuação de quem defende territórios e comunidades contra impactos socioambientais.
O programa já havia sido apresentado em Brasília e São Paulo e chega à capital baiana com cinco eixos de atuação: treinamento, estruturação, defesa, parcerias e pesquisa. Ele é direcionado a pessoas que estão na linha de frente contra hidrelétricas, parques eólicos, linhas de transmissão e exploração de petróleo, gás e carvão.
De acordo com Juliano Bueno, diretor-técnico da Arayara, a proposta é garantir condições para que ativistas continuem suas lutas: “Queremos transformar a realidade e assegurar proteção física, jurídica e humanitária a ambientalistas e líderes comunitários em situação de vulnerabilidade”.
A intenção da entidade é alcançar todos os municípios brasileiros, beneficiando defensores ameaçados em mais de 5 mil cidades. Bueno reforça que a ação vai além do reconhecimento da dedicação dos ativistas, buscando preservar sua segurança e continuidade na defesa de direitos.
Segundo dados da ONG Global Witness, o Brasil é o segundo país mais perigoso para ambientalistas. Em 2022, foram registrados 177 assassinatos de ativistas no mundo, dos quais 34 ocorreram em território brasileiro. Apenas a Colômbia superou esse número, com 60 mortes.
A apresentação do programa aconteceu na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com acesso gratuito ao público. A Arayara, organização da sociedade civil sem fins lucrativos, atua também em países como Portugal, Uruguai, Argentina, Chile, Alemanha, Japão, Canadá e África do Sul.
 
     
     
     
     
     
							













 

