A Justiça do Rio de Janeiro autorizou nesta terça-feira (22) a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
Os crimes teriam ocorrido na noite anterior, durante uma ação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) em frente à casa do artista, no bairro Joá, zona oeste da capital fluminense. Oruam e um grupo de amigos tentaram impedir a abordagem de um adolescente suspeito de integrar o tráfico e ligado ao criminoso Edgar Alves de Andrade, o Doca, líder do Comando Vermelho no Conjunto de Favelas da Penha.
Filho do ex-líder do CV, Marcinho VP, Oruam teria se envolvido diretamente na confusão. Segundo os agentes, o grupo hostilizou a equipe com ofensas e arremesso de pedras contra uma viatura descaracterizada. Parte da ação foi publicada pelo próprio cantor em suas redes sociais.
Durante a confusão, um dos envolvidos teria fugido para dentro da residência de Oruam, obrigando os policiais a entrarem no imóvel. O suspeito foi autuado em flagrante pelos mesmos crimes e por associação para o tráfico. Oruam e os demais fugiram do local. Em postagem posterior, o cantor afirmou que os policiais tentaram prendê-lo e questionou a legalidade da operação.
A Justiça entendeu que a prisão preventiva era mais adequada que a temporária, como solicitado pelo Ministério Público. O despacho destacou a necessidade de preservar a ordem pública e garantir a aplicação da lei penal.
A defesa do rapper ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
Oruam já havia sido preso em fevereiro deste ano no mesmo endereço. Na ocasião, a DRE cumpria mandados relacionados a disparos de arma de fogo em São Paulo. Um homem procurado por organização criminosa foi encontrado na casa do rapper, que chegou a ser detido por favorecimento pessoal, mas foi liberado horas depois.