Indígenas cobram justiça após morte de Guarani Kaiowá

A marcha em Belém reuniu lideranças que denunciaram a violência contra povos originários após o assassinato de Vicente Fernandes Vilhalva Kaiowá.

Fonte: CenárioMT

Indígenas cobram justiça após morte de Guarani Kaiowá
Indígenas cobram justiça após morte de Guarani Kaiowá - Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Lideranças indígenas usaram a Marcha Global dos Povos Indígenas, em Belém, para exigir justiça pelo assassinato de Vicente Fernandes Vilhalva Kaiowá, morto a tiros durante um ataque armado na retomada Pyelito Kue, em Iguatemi (MS).

O ataque também deixou quatro feridos, incluindo adolescentes e uma mulher. A comunidade relatou que os atiradores tentaram levar o corpo da vítima, mas foram impedidos pelos indígenas.

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Vilma Vera Caletana Rios, do povo Avá Guarani, manifestou indignação e afirmou que a morte reforça a urgência de responsabilização dos envolvidos. Segundo ela, a violência recorrente contra povos originários não pode ser normalizada.

O coordenador do Conselho Indígena de Roraima, Paulo Macuxi, criticou a falta de ação das autoridades e ressaltou que vidas seguem sendo perdidas sem respostas efetivas da justiça.

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Nadia Tupinambá, do território de Olivença, na Bahia, reforçou o apelo por respeito aos territórios e aos ancestrais, denunciando ataques frequentes e cobrando medidas concretas para proteger as comunidades.

As lideranças também apontaram que, enquanto debates ambientais avançam na COP30, a demarcação de terras indígenas segue negligenciada, deixando famílias expostas a ofensivas armadas e ações sem respaldo judicial. O ato encerrou com a reafirmação de resistência coletiva: “Somos todos Guarani Kaiowá”.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada. Envie suas sugestões para o email: [email protected]