O PP e o União Brasil aplicaram nesta quarta-feira (8) punições aos ministros do Esporte, André Fufuca, e do Turismo, Celso Sabino, por desobediência à decisão partidária de entrega de cargos. Segundo nota do presidente do PP, Ciro Nogueira, Fufuca será afastado de todas as decisões do partido e perderá a vice-presidência nacional.
“A Direção Nacional do Progressistas realizará intervenção no diretório do Maranhão, retirando o ministro do comando da legenda no estado”.
O comunicado ressalta que o partido não fará parte do governo atual, com o qual não possui afinidade ideológica ou programática. Apesar disso, durante evento do Programa Minha Casa, Minha Vida em Imperatriz, Fufuca indicou que pretende permanecer no cargo. Em mensagem, afirmou que sua prioridade é servir ao povo que o elegeu e continuará trabalhando ao lado do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Minha fidelidade é, primeiramente, ao povo que confiou seu voto, e seguirei contribuindo de forma construtiva e dedicada para a boa gestão do país, lado a lado com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
O ministro reforçou que seu trabalho está acima de questões partidárias e que seguirá focado em políticas públicas eficazes para o Maranhão e o Brasil.
Ministro do Turismo
O União Brasil também anunciou o afastamento de Celso Sabino das atividades partidárias por 60 dias. Sabino, que chefia o diretório da Pará e ocupa funções na executiva nacional, terá seu diretório estadual conduzido por uma comissão provisória interventiva.
“A Executiva decidiu pela suspensão cautelar do ministro Celso Sabino. O caso será encaminhado ao Conselho de Ética, que terá 60 dias para se manifestar sobre o mérito das representações.”
O partido destacou compromisso com a transparência e coerência de suas decisões, respeitando os filiados e valores internos.
Afastamento da base
As medidas são consequência da federação formada pelo PP e União Brasil. Em setembro, a recém-formada federação União Progressista anunciou a saída da base do governo no Congresso, determinando que filiados com cargos na administração federal renunciassem às funções, incluindo ministros de Estado.
