STF bloqueia milhões em operação contra fraudes com emendas

Ministro do STF ordena bloqueio de R$ 85,7 milhões em investigação sobre desvio de verbas parlamentares, com ações em três estados.

Fonte: CenárioMT

STF bloqueia milhões em operação contra fraudes com emendas
STF bloqueia milhões em operação contra fraudes com emendas - Foto: PF/Divulgação

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o bloqueio de R$ 85,7 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas por fraudes em emendas parlamentares. A decisão, proferida pelo ministro Nunes Marques, ocorreu no âmbito da quinta fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (17).

As diligências envolveram 18 mandados de busca e apreensão cumpridos em Salvador, Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Mata de São João (BA), Petrolina (PE) e Brasília. A operação conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal.

Segundo as investigações, há indícios de que licitações foram manipuladas em Campo Formoso com o objetivo de desviar recursos públicos oriundos de emendas parlamentares, beneficiando agentes políticos e empresas. Também foram identificadas tentativas de obstruir o andamento das investigações.

Os investigados podem responder por crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, embaraço à investigação, peculato, fraudes em licitações e contratos, além de lavagem de dinheiro.

Entre os alvos estão familiares do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), incluindo o prefeito de Campo Formoso, Elmo Nascimento, e o vereador Francisco Nascimento, primo do parlamentar. Este último já havia sido preso na primeira fase da operação, em dezembro de 2024, quando tentou se livrar de R$ 200 mil em espécie jogando a quantia pela janela de casa.

Outro investigado nesta etapa é Marcelo Moreira, ex-presidente da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), que ocupava o cargo até o mês passado.

O STF segue acompanhando o caso, enquanto os envolvidos ainda podem apresentar manifestação de defesa.