O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (9) a destituição dos advogados que defendiam dois réus no Núcleo 2 da trama golpista durante o governo de Jair Bolsonaro.
A decisão atinge os advogados Eduardo Kuntz e Jeffrey Chiquini, que representavam Marcelo Câmara e Filipe Martins, respectivamente.
Câmara é ex-assessor de Jair Bolsonaro, enquanto Martins atuou como assessor de assuntos internacionais no mesmo governo.
Segundo Moraes, os advogados não apresentaram as alegações finais, fase crucial antes do julgamento, e tiveram um comportamento considerado “inusitado”, caracterizando uma manobra procrastinatória. O prazo para apresentação terminou na terça-feira (7).
“O comportamento das defesas dos réus é absolutamente inusitado, configurando, inclusive, litigância de má-fé, em razão da admissão da intenção de procrastinar o feito, sem qualquer previsão legal”, afirmou o ministro.
Com a decisão, a Defensoria Pública da União (DPU) assumirá a defesa dos réus.
A Agência Brasil tentou contato com os advogados destituídos, mas ainda aguarda retorno.