Moraes autoriza Bolsonaro a deixar prisão domiciliar para exames médicos

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu autorização do ministro Alexandre de Moraes para sair da prisão domiciliar e realizar exames em Brasília neste sábado.

Fonte: CenárioMT

Moraes autoriza Bolsonaro a deixar prisão domiciliar para exames médicos
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro a deixar a prisão domiciliar para realizar exames médicos no sábado (16), em Brasília.

O pedido foi feito pela defesa, que alegou que Bolsonaro apresenta quadro de refluxo e soluços refratários. Conforme a decisão, o ex-presidente deverá comparecer ao Hospital DF Star, onde permanecerá entre seis e oito horas para realizar exames como sangue, urina, endoscopia, tomografia computadorizada, ultrassonografia e ecocardiograma.

Após os procedimentos, Bolsonaro terá até 48 horas para enviar um atestado detalhando os exames e horários de atendimento. Durante todo o período fora da residência, o ex-presidente seguirá monitorado por tornozeleira eletrônica, com acompanhamento da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.

Além disso, Moraes autorizou visitas ao ex-presidente por parte do senador Rogério Marinho (PL-RN), do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), do vice-prefeito de São Paulo, Ricardo Melo Araújo, e do deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP).

Em 4 de agosto, Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro e restringiu visitas após constatar que ele utilizava as redes sociais de seus filhos para burlar a proibição de acesso a essas plataformas, inclusive por meio de terceiros.

Essas medidas fazem parte de um inquérito que investiga o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por supostas ações junto ao governo dos Estados Unidos para retaliar autoridades brasileiras e ministros do STF. Eduardo está morando nos EUA desde março, após alegar perseguição política.

No mesmo processo, o ex-presidente é investigado por transferir recursos via pix para custear a estadia do filho no exterior. Bolsonaro também é réu na ação penal relacionada à trama golpista, cujo julgamento está previsto para setembro.