A primeira edição da Prova Nacional Docente (PND) mobilizou mais de 1 milhão de inscritos neste domingo (26) em todo o país. A avaliação é considerada um novo caminho para o ingresso no magistério público brasileiro.
No Rio de Janeiro, educadores como Ingrid Nascimento Abreu, de 60 anos, chegaram cedo aos locais de prova. Professora da educação infantil e de alunos autistas, ela espera oportunidades em diferentes regiões, inclusive comunidades indígenas e quilombolas.
O exame, também chamado de “CNU dos Professores” ou “Enem dos Professores”, poderá ser utilizado pelas redes públicas de ensino como critério de seleção de docentes a partir de 2026. Neste ano, 1.086.914 candidatos foram inscritos.
O professor Vagner Bastos, que atua na Educação de Jovens e Adultos, destacou o potencial do exame de ampliar o acesso ao trabalho docente em áreas periféricas. Já a recém-formada Fernanda Lima Figueiredo da Silva, de 25 anos, vê a PND como oportunidade para o primeiro emprego na educação.
Como é a PND
Com cinco horas e meia de duração, a prova segue a matriz do Enade das Licenciaturas, focada na formação docente. Ela conta com duas partes: formação geral, com 30 questões objetivas e uma discursiva, e componente específico, com 50 questões de múltipla escolha conforme a área de licenciatura.
As 17 áreas avaliadas incluem pedagogia, letras, matemática, história, geografia, ciências biológicas, química, física, artes visuais, música, filosofia, ciências sociais, computação, educação física, entre outras.
Seleção de professores
Participam da edição 1.508 municípios e 22 secretarias estaduais de educação, incluindo 18 capitais. Segundo o Ministério da Educação, o objetivo é fortalecer concursos públicos e ampliar o número de professores efetivos nas redes de ensino.
