Carla Zambelli, deputada federal pelo PL-SP, segue presa na Itália após nova audiência em tribunal de apelação em Roma. A parlamentar permanece detida enquanto aguarda a análise de seu pedido de liberdade feito pela defesa.
Os advogados de Zambelli alegam que não há justificativa para a prisão preventiva e ressaltam que a deputada apresenta problemas de saúde que exigiriam sua soltura. Durante a audiência, o juiz afirmou precisar de mais tempo para decidir sobre a prisão e a extradição.
Zambelli está detida desde 29 de julho, após ter seu nome incluído na difusão vermelha da Interpol a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF). Contra ela existe um mandado de prisão preventiva em aberto no Brasil.
A parlamentar havia viajado para a Itália dias antes de ser condenada a 10 anos de prisão pelo STF por ser apontada como mentora da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na mesma ação, o hacker Walter Delgatti também foi condenado.
Na semana passada, Zambelli recebeu uma segunda condenação pelo Supremo, desta vez por perseguir um homem armado nas ruas de São Paulo, resultando em pena de cinco anos e três meses de prisão. A defesa afirma que recorrerá, contestando a decisão e alegando violação do devido processo legal.
O advogado Fábio Pagnozzi destacou que a deputada reafirma sua inocência e se considera vítima de perseguição política, especialmente às vésperas do pedido de extradição.