Democracia enfrenta risco global, alerta Lula durante cúpula no Chile

Presidente brasileiro comparou o avanço do extremismo atual à ascensão do nazismo, durante encontro internacional sobre democracia em Santiago.

Fonte: CenárioMT

Santiago, Chile, 21/07/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante declaração conjunta à imprensa, no Palácio de La Moneda. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Democracia enfrenta risco global, alerta Lula durante cúpula no Chile - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante reunião de alto nível em Santiago, no Chile, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta contundente sobre o avanço do extremismo político, comparando o atual cenário global com o período de ascensão do nazismo na Alemanha dos anos 1930.

Ao lado de líderes como Gustavo Petro (Colômbia), Pedro Sánchez (Espanha) e Yamandú Orsi (Uruguai), Lula destacou a importância de defender valores democráticos, independentemente da orientação ideológica dos governos. “O que nós queremos é democracia, com respeito à diversidade e à cultura de cada país”, afirmou.

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A cúpula Democracia Sempre, organizada pelo presidente chileno Gabriel Boric, reuniu chefes de Estado, representantes da sociedade civil e do meio acadêmico. As discussões centraram-se em três eixos principais: defesa da democracia e do multilateralismo, combate às desigualdades e o uso responsável das tecnologias digitais frente à desinformação.

Os participantes divulgaram uma declaração conjunta, que reforça compromissos com a reforma da governança global, o fortalecimento da diplomacia baseada em direitos humanos e a promoção de um multilateralismo inclusivo.

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Em meio ao encontro, Lula também comentou as recentes medidas econômicas dos Estados Unidos, liderados por Donald Trump. Segundo ele, ainda não há uma guerra tarifária aberta, mas alertou que o Brasil pode reagir se os ataques persistirem. “A guerra começa quando eu responder ao Trump”, disse.

O presidente reforçou a necessidade de articulação entre empresários brasileiros e norte-americanos para evitar prejuízos econômicos bilaterais e destacou o papel do governo federal, incluindo a atuação do vice-presidente Geraldo Alckmin e do Itamaraty, na busca por uma solução negociada.

O evento no Chile é uma continuidade da iniciativa lançada por Lula e Pedro Sánchez em 2024, paralelamente à Assembleia Geral da ONU. A próxima reunião já está prevista para setembro, durante a 80ª Assembleia Geral, em Nova York, com a participação de mais líderes globais.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.