A delegação brasileira na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) conquistou quatro medalhas e uma menção honrosa na competição que terminou nesta quinta-feira (21) em Mumbai, na Índia.
Luca Pimenta garantiu a medalha de ouro, enquanto Franklin da Silva Costa e Francisco Carluccio de Andrade receberam a de prata, e Lucas Amaral Jensen levou o bronze. Giovanna Queiroz obteve menção honrosa. Além do ouro, Luca Pimenta também conquistou os troféus de melhor prova em grupo e melhor prova observacional.
A 18ª IOAA reuniu estudantes de ensino médio de mais de 50 países, todos com alto interesse em astronomia e astrofísica.
De acordo com o professor e astrônomo Júlio Klafke, integrante da comissão organizadora da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e responsável pelo treinamento dos jovens, a competição internacional apresenta desafios complexos, principalmente na física teórica. “O nível das questões é extremamente elevado. As provas envolvem conhecimentos de matemática, física e astronomia”, afirma.
As provas também incluem atividades de observação do céu, manipulação de telescópios, provas de planetário e conhecimento sobre constelações e estrelas. “É necessário interpretar dados por meio da simulação dos planetários. É uma olimpíada muito refinada”, acrescenta o professor.
Os cinco estudantes brasileiros foram selecionados entre os 50 melhores classificados na edição de 2024 da OBA. Além deles, outros dez jovens participarão da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), de 1º a 7 de setembro, em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro.
Como país anfitrião, o Brasil participa da OLAA com duas equipes de cinco estudantes cada. O primeiro grupo inclui alunos de Fortaleza, Rio de Janeiro e Cassilândia (MS), enquanto o segundo é composto por estudantes do Pará, São Paulo, Goiás e Ceará.
Na edição de 2024, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica contou com mais de 2 milhões de inscritos, distribuindo mais de 80 mil medalhas entre participantes de todo o país, sendo quase metade de alunos de escolas públicas. Este ano, mais de 65 mil medalhas já foram entregues, e a seleção dos representantes para competições internacionais do próximo ciclo está em andamento.
