O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin, afirmou nesta sexta-feira (31) que o conselho iniciará um mapeamento das organizações criminosas que atuam no Brasil.
O anúncio foi feito durante a cerimônia de instalação de varas de combate à violência contra a mulher em Bauru, interior de São Paulo. Fachin destacou que a iniciativa busca fortalecer o enfrentamento ao crime organizado, especialmente após a repercussão das mais de 120 mortes registradas na Operação Contenção, conduzida pelas polícias do Rio de Janeiro contra grupos ligados ao Comando Vermelho (CV).
Segundo o ministro, o levantamento permitirá identificar a origem, a estrutura e as áreas de atuação das facções criminosas, possibilitando a formulação de políticas públicas mais eficazes. “O Poder Judiciário está atento e atuando em duas frentes. A primeira é no âmbito do CNJ, com o desenvolvimento de um mapa das organizações criminosas do Brasil, para que, com base em dados e evidências, o sistema de Justiça e as forças de segurança possam aprimorar o combate a essas organizações”, explicou Fachin.
Direitos humanos e segurança
Fachin também ressaltou que a defesa dos direitos humanos deve ser tratada como parte integrante das políticas de segurança pública. “Onde há uma organização criminosa, há uma conexão que começa dentro dos presídios. É esse elo que precisa ser rompido”, afirmou.
Monitoramento de operações
Os desdobramentos da Operação Contenção estão sendo acompanhados pelo STF no processo conhecido como ADPF das Favelas, que busca reduzir a letalidade policial no Rio de Janeiro. Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes solicitou que o governador do estado, Cláudio Castro, apresente esclarecimentos sobre a operação e marcou uma audiência para segunda-feira (3), no Rio, para discutir o tema.















