Cinco deputados de Mato Grosso votam pela liberdade de acusado no caso Marielle

Fonte: CENÁRIOMT

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Polícia Federal conclui investigações sobre Marielle Franco seis anos após seu assassinato

Cinco parlamentares de Mato Grosso votaram a favor da soltura do deputado Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em 2018. Os deputados que votaram contra a prisão são Coronel Assis, Coronel Fernanda, Amália Barros, Abílio Brunini e José Medeiros, todos alinhados à direita e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Por outro lado, os deputados Juarez Costa, Emanuelzinho e Gisela Simona se posicionaram a favor da manutenção da prisão preventiva. A votação ocorreu nesta quarta-feira (10), e contou com 277 votos pela manutenção da prisão, 129 votos contra e 28 abstenções. A maioria absoluta da Câmara (257 votos) era necessária para manter a prisão.

Chiquinho Brazão foi preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, sendo seguida pela 1ª Turma do STF. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara recomendou a manutenção da prisão preventiva por crime flagrante e inafiançável de obstrução de Justiça envolvendo organização criminosa.

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Caso Marielle e Anderson

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Crédito Tomaz Silva/Agência Brasil

Os assassinatos de Marielle e Anderson ocorreram em março de 2018, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Na época, Brazão era vereador na capital fluminense. Além do deputado, também é suspeito de mandante do crime o seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. O processo passou a tramitar no Supremo porque ambos têm foro privilegiado.

O deputado foi preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito. A decisão foi referendada pela 1ª Turma do STF.

Darci de Matos, relator do parecer da CCJ, defendeu a manutenção da prisão, ressaltando os atos de obstrução à Justiça cometidos pelo parlamentar. Ele também destacou a necessidade de aprofundar o debate sobre a concessão de fiança em casos de prisão preventiva.

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