Brasil lança política nacional para migrantes e recebe elogios da Acnur

O governo federal apresentou a Política Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia, medida elogiada pela ONU como um marco para o acolhimento humanitário.

Fonte: CenárioMT

Brasil lança política nacional para migrantes e recebe elogios da Acnur
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo federal lançou a Política Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia (PNMRA), iniciativa que busca garantir inclusão e proteção a migrantes, refugiados e apátridas no Brasil. A medida, oficializada por decreto, recebeu elogios do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que classificou o projeto como um “marco histórico” para o país.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ), a política reconhece a complexidade dos fluxos migratórios atuais, marcados por deslocamentos forçados, crises humanitárias e diversidade de nacionalidades. O texto estabelece diretrizes para que órgãos da União, estados e municípios incluam a população migrante em programas de saúde, educação, assistência social e geração de renda.

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Como instrumento de aplicação, será elaborado o 1º Plano Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia, que definirá metas e indicadores para os próximos quatro anos. O plano pretende consolidar o compromisso do Estado brasileiro com uma gestão humanitária e sustentável da migração, baseada em evidências e políticas públicas eficazes.

O representante do Acnur no Brasil, Davide Torzilli, destacou que a medida reflete o esforço do governo em fortalecer os mecanismos de acolhimento e inclusão, permitindo que pessoas refugiadas e migrantes exerçam plenamente seus direitos e contribuam para o desenvolvimento nacional. Segundo ele, a iniciativa confirma o papel de liderança do Brasil na proteção de populações em situação de vulnerabilidade.

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A coordenação da PNMRA ficará sob responsabilidade do MJ, por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), em parceria com ministérios das áreas de Trabalho, Educação, Saúde, Relações Exteriores, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social. A governança da política se baseia em três eixos: coordenação governamental, participação social e articulação interfederativa.

O decreto também cria o Comitê Executivo Federal, que fará a articulação entre os órgãos do Executivo, e o Conselho Nacional de Migração (CMIg), instância colegiada com participação paritária da sociedade civil. Esses mecanismos devem garantir a execução integrada das ações e a transparência nas decisões que envolvem a gestão migratória no país.

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Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.