Em julho, 958 mil famílias deixaram de receber o Bolsa Família após superarem a linha da pobreza, conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social. A mudança abrange cerca de 3,5 milhões de pessoas que conseguiram aumentar sua renda por meio de trabalho ou empreendedorismo.
De acordo com o ministro Wellington Dias, mais da metade dessas famílias, 536 mil, cumpriu os 24 meses do período de transição, durante o qual ainda recebiam 50% do valor do benefício. Isso ocorre quando a renda per capita alcança valores entre R$ 218 e meio salário mínimo.
O ministro destacou que a transição foi possível com o suporte de programas voltados à qualificação e ao empreendedorismo. “A gente dá a mão para essas pessoas se capacitarem e estruturarem um pequeno negócio”, afirmou Dias, acrescentando que 3,5 milhões de pessoas saíram da pobreza de janeiro até julho deste ano.
Desde o início do atual governo, mais de 8,6 milhões de brasileiros superaram a condição de pobreza, saindo do Bolsa Família graças à elevação da renda. “Estamos falando de quase 24 milhões de pessoas que mudaram de realidade”, disse Dias.
O ministro também rebateu críticas contra beneficiários do programa. “Existe um preconceito de que quem recebe o Bolsa Família não quer trabalhar, mas isso não corresponde à realidade”, afirmou. Ele explicou que o acesso ao benefício exige contrapartidas como frequência escolar e aprovação dos filhos, além de engajamento em ações de qualificação profissional e empreendedorismo com apoio de programas como Acredita, Pronaf e Agroamigo.
Dias concluiu destacando que muitas dessas famílias estão agora ascendendo à classe média, que cresce com a mobilidade social proporcionada pelas políticas públicas.