Audiência pública debate proposta de financiamento do SUS

Fonte: CENÁRIOMT

O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) foi tema de uma audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (18). O evento foi iniciativa da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

De acordo com o presidente da comissão, deputado Lúdio Cabral (PT), o objetivo foi debater junto com representantes do Ministério da Saúde, secretarias municipais e de Estado de Saúde o volume de recursos aplicados hoje, e, ainda, se essa alocação está sendo adequada e se a pactuação entre os entes está sendo cumprida.

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“Os encaminhamentos serão feitos de acordo com as demandas sugeridas pelos participantes. Em primeiro plano, devemos realizar novas audiências públicas da comissão para debater situação da Santa Casa e saúde da população LGBTQIA+”, falou Cabral.

“Agora com relação ao tema financiamento do SUS, precisamos debater em nível nacional. Entendo que a discussão necessita ser feita sobre o aumento dos recursos federais para financiar o SUS no nosso país, que depende da revogação definitiva da Emenda Constitucional 95, que proíbe a ampliação dos investimentos na saúde em todas as saúdes públicas. Outro encaminhamento que faremos é a privatização por dentro do volume alto dos recursos aplicados na contratação de serviços terceirizados, e por fim, realização de concurso público”, esclareceu o deputado.

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Durante a audiência, o secretário de Estado de Saúde Juliano Mendes disse que em 2022 o Estado projetou o orçamento na LOA R$ 2.673.281.711,00 e o montante final chegou à soma de R$ 3.622.669.176,40 com uma diferença de 36%.

Conforme o presidente da comissão, uma das saídas é a construção de um plano de regionalização de atenção à saúde, que é o Plano Regional Integrado, cujo prazo para os estados apresentarem era 2018 e não está pronto até hoje.

A assessora jurídica do Conselho Nacional de Saúde, Blenda Ribeiro fez uma explanação dos gastos do SUS em 2021. De acordo com a assessora, naquele ano [2018] o governo federal teve gasto de R$ 171 bilhões, enquanto que nos estados os gastos somaram R$ 99 bilhões, e os municípios de R$ 116 bilhões.

“O cenário de financiamento do sistema é histórico, pois existe uma não priorização do poder público em alocar recursos suficientes para atender as necessidades de saúde da população. A audiência pública foi fundamental, principalmente, num momento de elaboração do PPA [Plano Plurianual] dos governos federal e estadual, para que essa Casa, se posicione e priorize o que mais carente é a saúde para a população”, revelou ela.

O deputado Gilberto Figueiredo e que se afastou da pasta da saúde estadual, falou que qualquer assunto envolvendo saúde é palpitante e difícil porque envolve “desde financiamento até a assistência final num programa que foi criado para atender de forma universal a população inteira, mas que não tem ‘pulmão’ para mandar energia para todas as necessidades. Esses debates são importantes para criarmos soluções e melhorarmos a saúde”, complementou ele.

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Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.